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Na história de Orwell, é criada a "Novilíngua", ou "Novafala", que é uma forma de linguagem imposta pelo estado, na qual o vocabulário é limitado de tempos em tempos. A cada período, mais palavras são retiradas do dicionário, e assim as formas de expressão e de manifestação da população vão diminuindo. No conto, as pessoas perdem a chance de usar superlativos, de adjetivos e de advérbios e isso passa a dificultar muito a comunicação verbal e proporciona um aprisionamento dos sentimentos de revolta interior. Em paralelo, aqui na nossa realidade, temos iniciativas como a linguagem de gênero neutro, que vem de uma intenção de alterar pronomes e substantivos de maneira forçada, para não se referir ao masculino ou ao feminino. Isso ou qualquer variação na língua deve ocorrer de forma natural. Em vez de permitir uma inclusão gradativa de variações idiomáticas, algumas pessoas procuram incentivar o rechaço público ou mesmo clamar pelo peso da mão coercitiva do estado sobre quem não quer aceitar. Além de ser algo inaceitável do ponto de vista ético, é ineficiente do ponto de vista utilitário, já que apenas gera aversão na população.
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