Aristeu-Aguiar-e-Mirabeau-Pimentel-e-a-chacina-da-Caravana-Liberal-(13-02-1930)__Merged
A Chacina de Vitória, testemunhos interessantes de representantes de várias classes - geral a revolta d povo espirito-santense contra o inominável gesto do governo.
Aristeu Aguiar e Mirabeau Pimentel e a chacina da Caravana Liberal (13/02/1930).
A chacina perpetrada pelo Secretário do Interior, Mirabeau Pimentel, durante comício da Caravana Liberal em frente ao Colégio do Carmo em Vitória - 13/02/1930.
31 vítimas e o desenrolar dos acontecimentos e a repercussão nos jornais da Capital Federal.
RECONSTITUIÇÃO DO CONFLICTO.
Trinta e dois cavallarianos romperam grossa fuzilaria — ouvi-o de um funccionario federal — contra o povo, em pino, Praça do Carmo.
Puzeram em acção uma metralhadora, que felizmente engasgou, na occasião do tiroteio. Além das mortes, produzidas pelos disparos, a esmo, sendo mais de cinco mil tiros sem exagero, houve a correria, os atropelamentos, os ferimentos e a debandada do comício.
Resultado: morte do sr. Luiz Gabeira, senhorita Elzira Ferraz, Franklin Oliveira, 1.° tenente Pedro Gonçalves, ajudante de ordens do secretário do Interior, e mais umas vinte pessoas, inclusive crianças e senhoras.
Feridas cerca de cincoenta e tantas pessoas, inclusive a sra. Cecilia Soares, esposa do dr. Soares, fiscal federal do Imposto de Consumo, na capital.
A chacina inominável de Victoria continua a preoccupar o espirito publico. De Gustavo Farnesi, nosso confrade de imprensa, que passou, anteontern, em Victória, ouvimos os seguintes informes, que dão urna idéia, embora esbatida, da consternação e revolta, que lavram na consciência do povo do Espirito Santo, pelos actos de selvageria e de verdadeiro banditismo, praticados pela tropa reaccionaria, na noite de 13 do corrente, por occasião do comício da caravana liberal:
O EMPASTELLAMENTO DA "GAZETA".
Na trágica noite, em que o tiroteio se prolongou de 12 horas à 1 da manhã, foi levado a effeito, pela própria policia, o empastelamento de órgão liberal - "A Gazeta". Esta é textualmente à notícia, dada por um digno serventuário cujo nome é omittido por dever de offício, atendendo à paixão das autoridades superiores, que consideram depoimentos desta natureza, actos delictuosos, infamantes, capazes de autorizar demissões.
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