Apaysanado - Anomar Danúbio Vieira nas vozes de César Oliveira e Rogério Melo - 2005
"Na noite grande gaguejava um bandoneon Vim no rastro deste som, pra baila de cola atada."
Letra: Anomar Danúbio Vieira
Ritmo: Tango
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(1 voz, trecho declamado)
Na noite grande,
Gaguejava um bandoneon
E no rastro deste som
Pra bailar de cola atada...
Num rancho velho, barreado,
Estava fervendo o surungo,
E eu atei o meu matungo
Bem debaixo da ramada.
(2 voz, trecho cantado)
Na porta, tinha uma parada
Metida a facão sem cabo
E um negro brabo
Com fama de revolveiro,
Desses que numa rusga
Bota fogo pelas ventas...
Quem não aguenta
Não se meta a bochincheiro!
(2 voz, trecho cantado)
Mas acredito no santo que me protege!
Não sou herege,
Acredito em mim e nos meus!
E numa adaga bicuda,
Cabo de prata,
Que, se não mata,
Encomenda a alma pra Deus!
(Refrão, cantado duas vezes)
Me toca um tango, paisano,
Me toca um tango!
Ou vai no mango
Ou vai no grito de "a la pucha"!
Me toca um tango
Pra "mode" dançar cortado,
Que um bochincho no meu pago
É festa de gente gaúcha!
(1 voz, trecho declamado)
Tirei a filha mais nova
Dum tal de Acácio
E saí firme num tangaço,
Apertando a tianga no meio.
E o negro brabo não gostou do desaforo,
Me atropelou feito um touro,
E o tempo se parou feio!
Detesto macho ciumento
Que por china se descamba!
Já tinha metido um samba,
Que deixei lá nas macegas!
Foi bem assim, devereda,
Fedeu à água de bucho...
Porque um gaúcho
Morre seco e não se entrega!
Pala num braço
E no outro a minha adaga:
Por nada estraga
Esta reunião de caranchos,
Que, tastaveando,
Na escuridão se pecharam...
Enquanto me procuravam,
Eu botei fogo no rancho!
(Refrão, cantado duas vezes)
Me toca um tango, paisano,
Me toca um tango!
Ou vai no mango
Ou vai no grito de "a la pucha"!
Me toca um tango
Pra "mode" dançar cortado,
Que um bochincho no meu pago
É festa de gente gaúcha!
Contribuição letra: Pablo Ferreira
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https://www.youtube.com/watch?v=PzT_eDqMEAk
Cavalo das Américas - 2018
"Parceiro, ainda me caso com berro do potro mau Vou me juntar com a potrada"
Letra / Música: Rogério Villagran / Enio Medeiros
*Ritmo: Chamamé
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Parceiro, ainda me caso
C'o berro do potro mau
Vou me juntar com a potrada
Pra morar no banhadal
Pra quem vive deste ofício
Domando no corredor
Bufo de potro maleva
É declaração de amor
Pra quem vive deste ofício
Domando no corredor
Bufo de potro maleva
É declaração de amor
Vou levar junto comigo
Um cusco de companheiro
Que é pra morder no focinho
De algum maula caborteiro
Esporear só nas paletas
Foi o que aprendi na escola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
Tô fazendo corda forte
São feia mas resistente
Fiz até umas boleadeiras
Pra mim lidar com a minha gente
Comprei um burro de carga
Vou sair pelo rincão
Procurar potro veiaco
Pra me entreter no verão
Procurar potro veiaco
Pra me entreter no verão
Vou levar junto comigo
Um cusco de companheiro
Que é pra morder no focinho
De algum maula caborteiro
Esporear só nas paletas
Foi o que aprendi na escola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
Sou gaúcho domador
Faço verso e corda feia
China bonita me atrai
E bagual que corcoveia
Gosto de toque de gaita
E penca de potro novo
E uma escramuça de mango
Pra chamar a atenção do povo
E uma escramuça de mango
Pra chamar a atenção do povo
Vou levar junto comigo
Um cusco de companheiro
Que é pra morder no focinho
De algum maula caborteiro
Esporear só nas paletas
Foi o que aprendi na escola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
Que dê um coice, um manotaço
Caia sentado na cola
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https://www.youtube.com/watch?v=Hx1CXduWxnU
Califórnia da Canção Nativa - 20ª Edição LP 2 - 1990
"Por isso quando se encontra no espelho fundo de si ouve o tempo debochando, já te vi bem"
Letra / Música: Gilberto Carvalho / Marco Aurélio Vasconcellos
*Ritmo: Milonga
Consagrou-se campeã desta edição recebendo a Calhandra de Ouro da Califórnia da Canção Nativa - 8ª Edição - 1978. Também interpretada por Os Farrapos no disco A Volta do Peão - 1981.
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Bom cavalo, arreio bom
Pilcha simples, bem cuidada
E uma estampa de monarca
Mesmo tendo quase nada
Palha, fumo, carne gorda
Erva buena não faltava
Pro índio flor de campeiro
Serviço sempre sobrava
Veio a visão da cidade
E o pago se fez lembrança
Hoje amarga a dura lida
Num pôr-de-sol de esperança
Cativo ao brete das ruas
Como pássaro perdido
Negaceando alguma changa
Pro prato tão diminuído
Por isso, quando se encontra
No espelho fundo de si
Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"
Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"
Veio a visão da cidade
E o pago se fez lembrança
Hoje amarga a dura lida
Num pôr-de-sol de esperança
Cativo ao brete das ruas
Como pássaro perdido
Negaceando alguma changa
Pro prato tão diminuído
Por isso, quando se encontra
No espelho fundo de si
Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"
Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"
Trecho do jornal Zero Hora, por Vinicius Brum:
"Pássaro Perdido fala de um gaúcho que se vê expulso de seu lugar, indo ao encontro de suas mazelas na cidade grande. O êxodo rural,[...] ganhava a expressão dolorosa e lírica de Marco Aurélio Vasconcelos e Os Posteiros. Das pilchas simples e bem cuidadas a cativo ao brete das ruas e ao prato tão diminuído, vaga o pássaro perdido. Aquele que foi arrancado do seu chão. Arrastado pela crueza das transformações sociais.
Pássaro que se perde é aquele que perde o voo. E sem voar deixa de ser. E a canção melancolicamente constata: "Por isso quando se encontra no espelho fundo de si, ouve o tempo debochando, já te vi bem ... bem te vi".
*Mais da história desta música e edição do festival em :https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/noticia/2017/06/vinicius-brum-passaro-perdido-9825279.html
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https://www.youtube.com/watch?v=u9iqB7TUbtE
A Mesma Fuça - 2000
"Nos bailes do passo, chego fachudaço pra me divertir"
Letra e Música: Telmo De Lima Freitas
*Ritmo: Rancheira
Também gravada no álbum 35 Mega Sucessos Gaúchos - CD 2 - 2010
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Sou paraboiense, sangue são-borjense, com a mesma fuça,
Na volta apertada não frouxo por nada, nem que a vaca tussa
Lenço colorado, cano sextavado na mão de sabiá
E um touro solingen que ninguém se "astreve" de querer "prová"
Nos bailes do passo, chego fachudaço pra me divertir
Uma vinte e quatro chorando e gemendo nas mãos do gazi
Barroso de mattos, galeno fontela chegam na janela
Quando sem demora a pipoca estoura fora da panela...
Mas tudo faz parte dessa missioneira festa são-borjeana
Não se mede espaço pra dar um abraço numa passeana
Sou paraboiense, sangue são-borjense, com a mesma fuça,
Na volta apertada não frouxo por nada, nem que a vaca tussa...
*Sem certeza quanto a informação
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https://www.youtube.com/watch?v=ueRvvNgywWY
Galponeira de Bagé - 1ª Edição
"Com a flor do chamamé Eu perfumo essa canção Num aroma que me invade Florando"
Letra / Música: Felipe Alvares / Jorge Freitas
Ritmo: Chamamé
Conquistou o prêmio de 1º Lugar e de Melhor Intérprete.
Comissão julgadora: Lúcio Yanel, Raul Quiroga, Glênio Fagundes, Iraci Rocha e Zulmar Benites.
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Com cheiro de primavera
O teu perfume me enfeitiçou
Quando encontrei teu sorriso
Plantei o sonho do nosso amor
Canteiros pela janela
Pra cultivar este sonho em flor
Deixando a vida mais bela
Com mais pureza, poesia e cor
Semeei no jardim de inverno
Uma esperança que floresceu
regando o meu sentimento
A flor dos olhos me apareceu
Chegou pra enfeitar a casa
Iluminar os caminhos meus
O sonho pedia vaza
E veio brotando nos braços teus
Com a flor do chamamé
Eu perfumo essa canção
Num aroma que me invade
Aflorando a emoção
E um buquê do mesmo pé
Entreguei pra solidão
Quando o brilho dos teus olhos
Encontrou o meu coração
E a cada dia que passa
Tenho mais flores pra ti entregar
Essências de campo e mato
E outras verdades do meu cantar
Buscando a felicidade
Hoje sei que o sonho encontrou lugar
E assim cresceu sem saudade
Com flor e luz pra desabrochar
*Contribuição da música e informações: Luciano (Blog Guasca Letras)
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https://www.youtube.com/watch?v=b2DO1xVBPx4
O Trovador dos Pampas - 1964
"Se você um dia prometesse a mim Que por aventura me dava o amor Eu ia montar no potro"
Composição: Gildo De Freitas
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Se você um dia prometesse a mim
Que por aventura me dava o amor,
Eu ia montar no potro mais xucro
E fazer proezas sem ser domador.
Eu ia montar só pra o povo ver
Como é bonito quando a gente quer,
Se quebra o pescoço, se arriscar morrer
Só pelo amor de uma linda mulher.
Eu era capaz de um dia pelear
Já que eu na vida nunca fui valente
Mas por você eu toreio a polícia
Contrareio as leis de qualquer presidente.
Me sinto capaz de pegar um tigre a unha
Montar em pêlo em qualquer um leão
Atravessar o oceano a nado
Para conquistar teu meigo coração.
E se tu disseres, gaúcho eu gostei,
Eu me sinto entregue por tuas proeza
Nós de acordo chegamos na lei
E eu serei dono da tua beleza.
Aí eu vou ver o lucro que tive
De toda arriscada que no mundo eu fiz
Se eu perco a vida, eu pouco me importo
Também se me salvo sou um homem feliz.
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https://www.youtube.com/watch?v=AnJ7yYr57gU
Vigília do Canto Gaúcho - 6ª Edição - 1988
"Rasguei a certidão de casamento Finquei o braço na mulher Foi um gritedo vesti uma fatiota elegante"
Letra / Música: Mauro Ferreira / Luiz Bastos
*Ritmo: Tango
Conquistou os prêmios de Canção Mais Popular e Melhor Conjunto Instrumental.
Músicos: Talo Pereyra (Violão), Canela (Baixo), Carlos Garofali (Piano), Carlitos Magallanes e Mano Monteiro (Bandoneon).
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Rasguei a certidão de casamento
Finquei o braço na mulher
Foi um gritedo vesti uma fatiota elegante
Despachei duas amantes e me mandei pro chinaredo
Não há lugar melhor que o meretrício
No vício é que eu encontro meu papel
Me enfrasco e canto um tango pras gurias
Que eu sou filho de uma tia da empregada do gardel
Desde guri eu nunca fui um bom sujeito
Pois a falta de respeito sempre foi minha vocação
Me lendo a mão uma cigana disse tudo
Ou capam esse cuiúdo ou emprenha toda nação
Dizem que bom eu só vou ser depois de morto
Porque pau que nasce torto não dá mais prá endireitar
Eu sou teimoso e por não concordar com isso
Me mandei pro meretrício e fico até desentortar
Amanhã minha mulher que é uma cruzeira
Vai reunir a família inteira prá tentar me redimir
Mas eu garanto que enquanto tiver dinheiro
Nem que chamem os bombeiros não me tiram mais daqui
Contribuição G. Carrera
Fonte informação: Blog Festivais Nativistas
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https://www.youtube.com/watch?v=87LAd8O0orA
Califórnia da Canção Nativa - 32ª Edição CD 1 - 2003
"Quem ta vindo lá É o seu Florêncio Vem trazendo a mala cheia de coisarada Travessô"
Letra e Música: Leandro Berlesi
Ritmo: Xote
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Quem ta vindo lá ,
É o seu Florêncio
Vem trazendo a mala cheia de coisarada ,
Travessô o Uruguai a nado de madrugada
Mas só vem voltando agora
Quem ta vindo lá,
Tia Joaquina saindo da capoeira com a saia amarrotada
O balaio ta vazio.
Ai , não tem nada!
E uma rama de guanxuma na melena pendurada
Quem ta vindo lá , é o Chiquinho
No seu tranco costumeiro , bem ligeiro e miudinho
Argola no mol da oreia , foi criado co’s padrinho
E inda não tem namorada
Beira d’estrada
Óia de tudo , não vejo nada
Beira d’estrada
Escuita tudo , não ouço nada
Beira d’estrada
Fala de tudo , não digo nada
O que será...
Que o seu Florêncio foi fazer do outro lado?
Quem sabe uma pescaria!
Por quê ele não foi de balsa , preferiu a água fria?
Talvez pagando promessa pra Santa Virgem Maria!
AMÉM , ALELUIA...
Por quê será...
Que a tia Joaquina se embretou na capoeira?
Tava colhendo amora!
Balaio voltou vazio!
Os Bicho levaram embora
Quando caiu enxotando um lobisome campo fora!
ERA , ERA , ÊRA , HÔ...
O que se passa com o Chiquinho,
Espetou as duas oreia?!
Foi pra agradar as menina!
Caminhando desse jeito , o sujeito é cola fina!
Inda Não tem namorada se guardando pra batina!
DÔMINI , DÔMINI , DÔMINI , AGNUS DEI...
Fonte letra: Canal do Leandro Berlesi
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https://www.youtube.com/watch?v=Z2hoUZjMEVo
Califórnia da Canção Nativa - 31ª Edição CD 1 - 2002
"Me alcança um beijo morena Que a guerra há de esperar O adeus aos sonhos"
Letra e Música: Lisandro Amaral
Ritmo: Chamarra
Violão: Marcello Caminha
Cordeona-ponto: Fabiano Harden
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Canal do Roberto: https://www.youtube.com/user/RobertoLucardo
Me alcança um beijo morena
Que a guerra há de esperar
O adeus aos sonhos que deixo-
Morena
Com medo de não volta.
Medo no rancho crioulo,
Com Barro da primavera,
No cinamomo copado,
No teu silêncio tapera
Não fosse o quente do beijo morena
Não fossem os sonhos daqui
Não peleava pela pátria morena
Que nunca pensou em ti...
No estribo a bota de potro,
Na estrada um pranto genuíno,
Na lança o fio do silêncio,
Em Deus a luz do destino.
Eu não prometo retorno morena
A lança pode falhar
Mas quero ver a semente morena
Que deixo em ti germinar
"João guerreiro ergueu seu rancho e nunca pode morar"
Contribuição informação: Roberto Luzardo.
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https://www.youtube.com/watch?v=GeLEcGc9BUs