Sapecada Da Canção Nativa 9ª Edição - 2001
"Para quem se olha no espelho de um rio Na volta pras casa' num final de lida"
Letra / Música: Gujo Teixeira / Luiz Marenco
*Ritmo: Milonga
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Para quem se olha no espelho de um rio
Na volta pras casa' num final de lida
Enxerga sua alma com olhos de espera
Além de uma imagem, no rio, refletida
A água não leva por mais que ela queira
Os sonhos tão simples que espelham-se ali
Mas leva pra sempre o que fora moço
Nas tantas enchentes que faz por aqui
Quebrou-se o espelho na sede do baio
Desfez-se a paisagem costeira do rio
Ficou refletida na água em remansos
Saudades disformes do que, antes, se viu
Descendo a corrente, uma flor de aguapé
Prendeu-se na argola da rédea caída
Quem sabe, até seja uma alma serena
Querendo apegar-se de novo na vida
Os olhos da gente se perdem na aguada
Tentando enxergar pra além do chapéu
No branco das nuvens, um sonho distante
Das almas perdidas que vagam no céu
Apenas quem olha, assim, de olhos claros
Buscando a si mesmo no calmo da aguada
Verá, com certeza, além de uma imagem
Sua alma de campo, no rio, espelhada
Quebrou-se o espelho na sede do baio
Desfez-se a paisagem costeira do rio
Ficou refletida na água em remansos
Saudades disformes do que, antes, se viu
Descendo a corrente, uma flor de aguapé
Prendeu-se na argola da rédea caída
Quem sabe, até seja uma alma serena
Querendo apegar-se de novo na vida
Para quem se olha no espelho de um rio
Fonte informações: Blog Festivais Nativistas
Contribuição G. Carrera
...
https://www.youtube.com/watch?v=PGPon8rA9VY
La Pampa De Antes - 1984
"Era una cinta de fuego Galopando galopando Crín revuelta en llamaradas"
Letra / Música: Pablo del Cerro / A. Yupanqui
*Ritmo:
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Era una cinta de fuego
Galopando, galopando
Crín revuelta en llamaradas
Mi alazán te estoy nombrando
Trepo las sierras con luna
Cruzó los valles nevando
Cien caminos anduvimos
Mi alazán te estoy nombrando
Oscuro lazo de niebla
Te pialó junto al barranco
¿Cómo fue que no lo viste?
¿Qué estrella estabas buscando?
En el fondo del abismo
Ni una voz para nombrarlo
Solito se fue muriendo
Mi caballo, mi caballo
En una horqueta del tala
Hay un morral solitario
Y hay un corral sin relinchos
Mi alazán te estoy nombrando
Si como dicen algunos
Hay cielos pal' buen caballo
Por ahí andará mi flete
Galopando, galopando
Oscuro lazo de niebla
Te pialó junto al barranco
¿Cómo fue que no lo viste?
¿Qué estrella estabas buscando?
En el fondo del abismo
Ni una voz para nombrarlo
Solito se fue muriendo
Mi caballo, mi caballo
...
https://www.youtube.com/watch?v=0FxhSfnYvr8
Alma De Galpão - 1980
"Um zaino negro tapado Potro de pega recente Que o domador de contente Pediu"
Letra e Música: Telmo De Lima Freitas
*Ritmo: Chamarra
Participação especial: José Cláudio Machado
Também interpretada no CD Entre Amigos - 1995
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Um zaino negro tapado
Potro de pega recente
Que o domador de contente
Pediu de primeira mão
O capataz campeiraço
Conhecido ruivocatcho
Por su posto muy buenacho
Vaqueano na profissão
Primeiro foi o batismo
Do cavalo lobisomem
Flete talhado pra homem
Para qualquer ocasião
21 Dias de pega
Compromisso de entregá-lo
Para servir de cavalo
Montaria de patrão
Dês do primeiro galope, já prometia
Menos de 21 dias, dava um pingaço de lei
São esses homens, patrícios
Que domam a própria vida
Trabalhando nesta lida
Que por muito trabalhei
São eles velhos ginetes
Peonados pelas estâncias
Que por muitas circunstâncias
Não saem do seu lugar
Parece ate que nasceram
Em berço de madrugada
Trazendo as mãos calejadas
Pelas rédeas de domar
...
https://www.youtube.com/watch?v=Urbu-6z5wxw
Canto Dos Livres - 1983
"No balcão cheiro de risos de taboa velha riscada Maço de palha e o fumo numa estopa"
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
No balcão cheiro de risos de taboa velha riscada
Maço de palha e o fumo numa estopa remangada
Poeirada, muita cachaça e alguma rusga entaipada
O rádio que se desmancha num tangaço de Gardel
Peça de chita floreada, renda, alpargata e pastel
E um gato velho brasino que a cuscada dá quartel
Bolicho beira-de-estrada, na solidão da campanha
Onde o índio solitário afoga as mágoas na canha
Morada dos cruzadores, onde o andejo sem rumo
Busca na canha e no fumo matar saudades de amores
Lá fora a tava que sobe, cá dentro trago que desce
A goela da oito baixos canta até o que não conhece
Um truco bem orelhado desde segunda amanhece
Ninguém passa sem chegar no bolicho beira-estrada
E o bolicheiro alarife tem a cara preparada
Às vezes sua livreta cobra quem não comprou nada
...
https://www.youtube.com/watch?v=gIoqq32ais4
Coxilha Nativista - 10ª Edição - 1990
Letra / Música: Luiz Godinho / Luiz Cardoso
*Ritmo: Milonga
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
...
https://www.youtube.com/watch?v=qY-slz0YsRo
Canto Missioneiro da Música Nativa - 2º Edição - 2009
"E o braço forte do negro entre rude e delicado Protegeu negra Maria do susto"
Letra / Música: Antonio Carlos Machado / Luiz Carlos Borges
*Ritmo: Milonga
Conquistou o prêmio de 2º Lugar (Canto Piá).
Também interpreta por Luiz Carlos Borges e Grupo Horizonte na Califórnia da Canção Nativa - 10ª Edição - 1980 e na Califórnia da Canção Nativa - 20ª Edição LP 2 - 1990.
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
(Maria, florão de negra
Pacácio o negro na flor
Se negacearam por meses
Para uma noite de amor)
Na tafona abandonada que apodreceu arrodeando
Pacácio serviu a cama e esperou chimarreando
Do pelego fez colchão do lombilho, travesseiro
Da badana fez lençol fez estufa do braseiro
A tarde morreu com chuva
Mais garoa que aguaceiro
Maria surgiu na sombra
Cheia de um medo faceiro
[A negra de amor queimava
Tal qual o negro na espera
Incendiaram de amor
A atafona, antes tapera]
A noite cuspiu um raio que correu pelo aramado
Queimando trama e palanque na hora desse noivado
E o braço forte do negro entre rude e delicado
Protegeu negra Maria do susto desse mandado
...
https://www.youtube.com/watch?v=ViJlXiYhsl8
Recordando A Querência - 1983
"Num lamento chegou o minuano anunciando o último inverno O orvalho chorou nas campinas"
Letra / Música: Cláudio Boeira Garcia / José Cláudio Machado
*Ritmo: Milonga
Vencedora da 2ª Califórnia - 1972 com a interpretação de José Claudio Machado. Também interpretada no CD Gaúcho - 2000 e No Meu Rancho CD1 - 2008. E pelo conjunto Os Teatinos (o qual o Zé fazia parte) no álbum Telurismo - Vol. 1 - 1976.
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Num lamento chegou o minuano
Anunciando o último inverno
O orvalho chorou nas campinas
E o céu enlutou as estrelas
Pedro Guará sentia mais forte
Cheiro da terra o vento do sul
Entrava no rancho o calor do braseiro
Mateava na espera do tempo chegar
Pedro Guará viveu aragano
Camperiando manhãs distantes
E passando plantava alegria
O riso ficava quando partia
Pedro Guará partiu sem rastro
Fruto maduro na volta pra terra
Rasgando um riso seu último gesto
Sumiu da serra não vai mais cantar
Contribuição imagem: Jefferson Rigatti
...
https://www.youtube.com/watch?v=LTleDivbTdc
Vigília do Canto Gaúcho - 14ª Edição
"Foi no lombo de um cavalo que descobri horizontes Em vez de vestir bonecas andei"
Letra / Música: Nilo Bairros de Brum / Heleno Gimenez
*Ritmo: Polca
Foi a grande vencedora da Vigília do Canto Gaúcho - 5ª Edição - 1987.
Músicos: Violão (Heleno Gimenez), Piano/Tecaldo (Carlos Trozam) e Percussão (De Santana)
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Foi no lombo de um cavalo que descobri horizontes
Em vez de vestir bonecas andei gritando repontes
Entrei de frente na história e acredite quem quiser
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
Em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá
Na ponte do Alegrete meu fuzil estava lá
Enfrentei o Zeca Neto sem temor da "colorada"
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
Anita sem Garibaldi, já nasci emancipada
(Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
/Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher/)
A velhice me encontrou com a miséria na soleira
A ver a vida por frestas num subúrbio de cachoeira
Digo aos curiosos que trazem ajudas interessadas
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
Que não quero caridade quero justiça e mais nada
Quem foi Cabo Toco: http://osepeense.com/conheca-a-historia-da-cabo-toco-primeira-mulher-a-integrar-a-bm/
...
https://www.youtube.com/watch?v=819klPAOVGU
Festival da Música Crioula de Santiago - 17ª Edição - 2002
"Parece que o firmamento Se ajoelha e pede perdão Quando rezo esta oração Abraçado"
Letra / Música: Rogério Villagran / César Oliveira
*Ritmo: Milonga
Também interpretada no CD Das Coisas Simples da Gente - 2002
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Parece que o firmamento
Se ajoelha e pede perdão
Quando rezo esta oração
Abraçado na guitarra
Parece que o tempo esbarra
E o mundo troca de ponta
Quando meu canto reponta
Minhas inquietudes mais potras
Que se apartaram das outras
Sem que eu me desse de conta
Por isso peço licença
Pra cantar esta milonga
Que peito adentro ressonga
Quando a Vigüela soluça
Numa pampeana escramuça
Que ata um nó na garganta
Do gaúcho de alma santa
Já nascido com o destino
De trazer o chão sulino
Em cada verso que canta
Minha cantiga é baguala
Porque traz xucros na estampa
E traduz o idioma pampa
Do garrão deste hemisfério
Meu canto é a voz do gaudério
Linguagem pátria de um povo
Que sonha com um mundo novo
E a ser livre se concentra
Neste milênio que adentra
No mais machaço retovo
Cantando sempre me agarro
Ao que tenho e ao que sinto
Não me engana o meu instinto
Sou teatino mal costeado
Pois quando é do meu agrado
E uma ânsia se destaca
Dou-lhe um nó de correr vaca
Na cola do meu tordilho
E depois que me enforquilho
Só o santo padre me ataca
...
https://www.youtube.com/watch?v=b01OB06a21U