Ele não é correto, é louco e como eu nada contra as marés, me leva pra dançar tango e eu vou com ele dançar no vento, com um vestido vermelho com fenda em uma das laterais aparecendo um pedaço da calcinha.
Meus cabelos vão voar quando eu sentar, ops...soltar na humanidade dele tudo que guardei...os fios vão entrar na minha boca e eu vou sentir o gosto deles misturado com o seu dedo.
Vai me convidar pra amar sobre um cavalo, e subindo um despenhadeiro vamos galopar até beira do abismo. De lá vamos nos jogar e vamos gritar de medo (que na verdade é prazer) e relaxaremos quando entendermos que Pégasus é nossa cama.
Vou ser a Ariadne sem corda alguma pois ele não é o Teseu... e foda-se o Teseu, ele é meu minotauro com a face do último bisão que esteve sobre a terra, ele vai beber leite dos meus seios enquanto eu recolho o seu.
Seremos os primeiros loucos a dispensar castelos, ou a não mais temer os castigos vindos do inferno, pois esse lugar quente é o nosso paraíso, vamos alcançar Hades cortando a cabeça da Medusa pois não temos matéria ou moeda alguma pra pagar o barqueiro e por isso não "chegaremos lá" tão cedo, o remo que penetrará no mar dos mortos será a nossa insanidade.
Sentiremos entre os dedos, dentro desse mar macabro, os ossos das almas castigadas e assim absorveremos a força que os fez parar nesse umbral.
Cérbero estará do outro lado nos esperando, com a tranquilidade de um cão leal, uma de suas cabeças estará como um homem sorrindo, a outra estará chorando, o pobre vai procurar uma fêmea no cio quando sentir nosso cheiro.
Aceitaremos qualquer acordo pra sair dali e gozar em outro lugar, eu de Medéia e ele de Jasão, não conseguiremos obedecer em não olhar pra trás: e após cada tentativa sexual de fuga, morreremos entendendo que isso só aconteceu, por que olhamos os deuses nos olhos.
...
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Atordoado, Gabriel voltou para seu apartamento, levando Fernando ferido.
Percebeu que o que conhecia do mundo era apenas uma superfície, a ponta de um iceberg.
Fernando acorda e percebe que está na casa do amigo, vestido com as roupas dele.
Sente dores pelo corpo , tomando consciência de tudo o que tinha acontecido.
Lembrou de sua irmã, entendendo que a mesma não tinha sido salva e se ainda estaria viva.
Camila estava presente naquele ambiente. Cuidara dos dois.
Reuniram-se os três e conversaram sobre o que havia acontecido.
Trataram de bolar um plano para resgatar Andrea e Daniela.
Mas como? Se aqueles serem não morriam.
Mas como Camila disse, todo mundo tem seu ponto fraco e pode morrer.
De que forma? Eles haveriam de descobrir.
Mesmo que tendo que viajar para o sul do país.
E é lá que eles vão conhecer Lorde Vrikan Silésia, pai de Daniela.
Continue acompanhando esta história até o fim.
Produzido, editado, narrado e interpretado por Carlos Eduardo Valente
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A tua mão no pescoço, as tuas costas macias... por muito tempo rondaram as minhas noites vazias. O teu perfume... gardênia. São dois pra lá... dois pra cá...
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Os meninos da minha aldeia sonham
sonhos separados
andam lado a lado
e não falam de seus sonhos
Os meninos da minha aldeia
brincam de ser civilizados
sem saber direito
o que isso quer dizer
então sonham que um dia
vai chegar na aldeia a energia
aquela palavra mágica
que a tudo muda
eletricidade....
talvez o que sonham
os meninos da minha aldeia
chamamos de
felicidade!
...
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Eremita é o seu nome. A criada jovem que sofre crises de ausência. Para onde ela vai, o que ela vê? Não lembra. Mas seus olhos...
Um conto de Clarice Lispector.
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Foto da capa: Fragmento do quadro à óleo de Eugène Boudin - Lavadeiras no Rio, trabalhada por Carlos Eduardo Valente
Música de fundo: Red Echoes - The Last Paradise - free license by Filmora X Wondershare
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À pedido do Oswaldo Dalla, cá está este conto lindo do grande Gabriel Garcia Márques.
No final da contas era um corpo de um homem.
Não um barco, nem uma baleia ou qualquer outra coisa que fosse.
E era grande, muito grande. E lindo. Muito lindo.
Naquela vila às margens do calmo Caribe, tudo parece mudar com a chegada daquele estranho e desconhecido homem.
As mulheres cuidaram de limpar o corpo e os homens de seu enterro.
Tudo começou a mudar depois da chegada do estranho afogado mais lindo do mundo.
Produzido, editado, narrado e interpretado por Carlos Eduardo Valente
Imagem encontrada na internet, sem autoria conhecida, trabalhada para a capa deste áudiobook por Carlos Eduardo Valente
Edição feita no Filmora X.
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O tempo passa e não vemos a vida passar.
De repente, mais velhos, depois desse rio chamado Vida, não queremos mais perder tempo com tantas coisas que, no momento, são tão bobas e inúteis. Queremos coisas mais objetivas, claras e que nos permitam observar mais esse rio passar.
Uma reflexão de André Gide e que serve para todos nós.
Acho que o texto é muito melhor que essa descrição simplista que escrevi por total falta de inspiração.
Espero que gostem.
Produzido, editado e narrado por Carlos Eduardo Valente
Texto traduzido do francês por Dominique Fretin
Capa feita a partir de uma foto encontrada na internet, sem citação de autoria, trabalhada por Carlos Eduardo Valente
Fundo musical vindo da Bibliteca do YouTube, com direitos livres.
The Inner Sound de Jesse Gallagher
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https://www.youtube.com/watch?v=wMCkLjxTbYo
Nem dei tempo à palpitação...
Entrei logo em combustão no
teu abraço..., no teu toque raro
que desdobrou o sublime na
canção da pele, da respiração!...
O teu jeito me aninha no sorriso!
Lembrar me faz sorrir sozinho
e vibra o ar que
partilho contigo!...
Tudo mudou num lampejo!
Assim são as arcanas do amor!...
Arquejo!... Arquejo!... Não...
não tô com medo... Não tô aflito...
Apenas em conflito com o tempo...
Não tenho tempo para o cultivo de
nada que não seja isso que nos liga!
Só quero tempo para o amor!
Tempo, tempo... para o amor!
Sou agora a flor lilás que transita aos poucos
do azul para o encarnado de nova floração!...
Sou uma nova estação! Não sinto extinção!
Sinto a combustão ao ser visto assim,
pela primeira vez, sem medida adulta!
Pude ser menino outra vez, sem amarras...,
sem o peso das censuras..., sem travas,
sem dar a mínima à peçonha pragmática
que fere a vida com as suas ponderações...
Viver arte contigo me revitaliza!
Viver-te arde comigo docemente...
Nosso amor não cabe em cartografias!...
É nossa combustão tardia, sem hora certa...
É fadiga desejada que nos leva e nos liga
ao reencontro do encantamento na vida...
Em repentina combustão, o nosso amor cria
o espaço para o fogo do afago que desatiça
o ódio, une matérias e cauteriza as feridas!...
Música by Wondershare Filmora - Everything (INST)
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