Como comemorar Natal e Ano Novo? Entenda sua mente antes de se programar | Claudia Feitosa-Santana
Estamos todos exaustos, cansados da pandemia. Mas está chegando o fim de ano, e as festas: Natal e Ano Novo. Então, como fazer a coisa certa? A neurocientista Claudia Feitosa-Santana veio falar sobre como funciona nossa mente e como comemorar com pandemia, aqui na Casa do Saber.
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http://lattes.cnpq.br/9498287990495823Podemos comemorar ao ar livre? Isso facilita cumprir as regras de segurança... Se não, podemos em lugares fechados manter distanciamento seguro na hora de comer? Ou - podemos todos ficar em isolamento por pelo menos uma semana antes de nos juntarmos no Natal? Se não podemos fazer nenhuma dessas coisas, temos duas opções: façamos o Natal e o Ano Novo online ou, então, não fazemos nada e deixamos para o ano que vem.
A verdade é que nós humanos somos feitos para vivermos juntos - especialmente em festas. Isso é tão importante que até as guerras tiram folga no Natal.
Vivemos aglomerados há milhões de anos. Por isso, praticar o distanciamento é muito difícil para nosso cérebro e utilizar máscara? Pior ainda. Eu, particularmente, detesto usar máscara e até agora não me acostumei. A máscara dificulta muito nossa vida, prejudica nossa comunicação (e nossos relacionamentos) porque nós escutamos não apenas com os ouvidos, mas também com os olhos. A gente faz leitura labial sem perceber! Temos uma área no nosso cérebro que se chama FFA é que é fundamental no processamento de faces, é por isso que vemos rostos até mesmo nas nuvens.
Nossa própria mente nos prega armadilhas que nos levam a colocar nossa própria família em risco ou, pior, fingir que não estamos colocando em risco. E veja, acabei de dizer a palavra-chave: risco. Risco significa que sim, alguém pode estar infectado e transmitindo o vírus para os outros; mas também pode ser que não, que ninguém esteja infectado e teremos final feliz. A verdade é que nosso cérebro odeia qualquer tipo dúvida e, por isso, muitas vezes faz a escolha errada.
Na pandemia, em momento algum tivemos sinal verde para nos aglomerar, mas muitos se aglomeraram sem máscaras e sem distanciamento. Muitos tiveram sorte e nada aconteceu. E é justamente aí que o vírus ganha. Se não fosse um risco, mas sim uma certeza, nós já teríamos ganhado essa guerra contra o vírus. Se fosse certeza que nos infectaríamos, ninguém se juntaria sem máscara e sem distanciamento.
Além disso, nosso cérebro é extremamente preguiçoso e, em geral, preferimos o que nos é familiar, o que semp
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