Canto Dos Livres - 1983
"No balcão cheiro de risos de taboa velha riscada Maço de palha e o fumo numa estopa"
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No balcão cheiro de risos de taboa velha riscada
Maço de palha e o fumo numa estopa remangada
Poeirada, muita cachaça e alguma rusga entaipada
O rádio que se desmancha num tangaço de Gardel
Peça de chita floreada, renda, alpargata e pastel
E um gato velho brasino que a cuscada dá quartel
Bolicho beira-de-estrada, na solidão da campanha
Onde o índio solitário afoga as mágoas na canha
Morada dos cruzadores, onde o andejo sem rumo
Busca na canha e no fumo matar saudades de amores
Lá fora a tava que sobe, cá dentro trago que desce
A goela da oito baixos canta até o que não conhece
Um truco bem orelhado desde segunda amanhece
Ninguém passa sem chegar no bolicho beira-estrada
E o bolicheiro alarife tem a cara preparada
Às vezes sua livreta cobra quem não comprou nada
...
https://www.youtube.com/watch?v=gIoqq32ais4
Gauderiada da Canção Gaúcha - 2ª Edição - 1984
"Que me importa o suor Quero um mundo melhor E na mesa mais pão"
Letra / Música: José A. Sarturi (NENITO) / Miguel Marques
Ritmo: Chamarrita
Conquistou o prêmio de 1º Lugar
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Um sabiá no seu galho
Uma gota de orvalho
Um gritar de tahã
Que me importa o sereno
Se meu mundo é pequeno
Tenho a terna manhã.
Tenho o coice do arado
O mugido do gado
O quero-quero gritão
Que me importa o suor
Quero um mundo melhor
E na mesa mais pão.
Tenho um raio de sol
Tenho um riso guri
Não me falta mais nada
Nesta calma alvorada
Para andar por aí.
Se eu não tenho mais tino
Se meu sonho é menino
Que me importa afinal
Que me importa este choro
Se me resta o consolo
De um clarão matinal.
Se as manhãs do meu tempo
Já não têm mais alento
Vou aguentando o tirão
Vou curando as feridas
Das manhãs desta vida
Que rebrotam do chão.
Tenho um raio de sol
Tenho um riso guri
Não me falta mais nada
Nesta calma alvorada
Para andar por aí.
Não me falta mais nada
Nesta calma alvorada
Para andar por aí.
Contribuição imagens: Bina Melo.
Fonte letra: https://guascaletras.blogspot.com/2011/05/manhas.html
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https://www.youtube.com/watch?v=vNtXC8DiO3A
Adagio En Mi País - 1973
"En mi país que tristeza La pobreza y el rencor Dice mi padre que ya llegará"
Letra e Música: Alfredo Zitarrosa
Gênero: Canción
Também interpretada no álbum Estadio Centenario - 1984.
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En mi país, que tristeza,
La pobreza y el rencor.
Dice mi padre que ya llegará
Desde el fondo del tiempo otro tiempo
Y me dice que el sol brillará
Sobre un pueblo que él sueña
Labrando su verde solar.
En mi país que tristeza,
La pobreza y el rencor.
Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.
Dice mi padre que un solo traidor
Puede con mil valientes;
Él siente que el pueblo, en su inmenso dolor,
Hoy se niega a beber en la fuente
Clara del honor.
Tú no pediste la guerra,
Madre tierra, yo lo sé.
En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.
Canta mi pueblo una canción de paz.
Detrás de cada puerta
Está alerta mi pueblo;
Y ya nadie podrá
Silenciar su canción
Y mañana también cantará.
En mi país somos duros:
El futuro lo dirá.
En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.
Dice mi pueblo que puede leer
En su mano de obrero el destino
Y que no hay adivino ni rey
Que le pueda marcar el camino
Que va a recorrer.
En mi país, que tibieza,
Cuando empieza a amanecer.
Coro:
En mi país somos miles y miles
De lágrimas y de fusiles,
Un puño y un canto vibrante,
Una llama encendida, un gigante
Que grita: ¡adelante... adelante!
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https://www.youtube.com/watch?v=terWaNP0H3M
Tempos De Praça - 1993
"Gosto da lida de campo pois minhas raízes eu deixei por lá Tenho minhas estâncias cheias"
Letra e Música: Telmo de Lima Freitas
*Ritmo: Mazurca
Músicos participantes: Oscar Alves Soares (Violão), Valmir Antonio Pinheiro (Violão), Francisco Romeu de Castilhos (Baixo) e Telmo de Lima Freitas (Violão).
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Gosto da lida de campo pois minhas raízes eu deixei por la
Tenho minhas estâncias cheias de lembranças gordas para redomoniar
Me criei juntando as vacas bombachita curta pezito no chão
Tive meu pitiço baio que às vezes por gosto me jogava ao chão
Me mirava de soslaio meu pitiço baio sem me contrariar
Como a me pedir desculpa por me ter jogado nos caraguatá
Aprendi muito contigo meu peticito baio meu garbo de piá
Só quem já caiu na vida sabe o quanto custa para levantar
Gosto da lida de campo pois minhas raízes eu deixei por lá
Tenho minhas estâncias cheias de lembranças gordas para redomonear
Me criei juntando as vacas bombachita curta pezito no chão
Tive meu petiço baio que às vezes por gosto me jogava ao chão
Me mirava de soslaio meu petiço baio sem me contrariar
Como a me pedir desculpa por me ter jogado nos caraguatá
Aprendi muito contigo meu peticito baio meu garbo de piá
Só quem já caiu na vida sabe o quanto custa para levantar.
*Sem certeza quanto ao ritmo.
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https://www.youtube.com/watch?v=vm9eQgbTClo
35 Mega Sucessos - CD 02 - 2000
"Achei que só eu montava no zaino da minha encilha Mas vi que outro campeiro, pois tinha"
Letra / Música: Rafael T.Chiappetta / Nilton Ferreira
*Ritmo: Milongão
Também interpretada na Vigília do Canto Gaúcho - XVII Edição - 2006, onde conquistou os prêmios de 1º Lugar e de Melhor Poesia.
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Sentou na cruz do meu zaino um bem-te-vi campechano
Enforquilhou-se imponente, como se fosse paysano
Ficou bombeando coxilhas pra onde o bico mirava
Num canto disse sem nome enquanto o zaino pastava
Ficou de costas pro sol, cravando as unhas no pêlo
Trouxe esporas serenas com asas por sinuelo
Ali ficou palanqueado, qual um cacique, no jeito
Mirando a pampa estendida, ruflando as penas do peito
Queria eu ter os olhos libertos qual do bem-te-vi
Pra ver de cima do zaino aquilo que eu nunca vi
Embora, sendo de campo, com viço de liberdade
Não tenho asas nos olhos, regalo da divindade
Quando montado a cavalo, pra fêmea faz um floreio
Pois é campeiro de em pêlo, sem precisa de arreio
Dá alce para a garganta num canto que se revela
Garboso num pacholeio, mostrandoa vincha amarela
Achei que só eu montava no zaino da minha encilha
Mas vi que outro campeiro, pois tinha o dom da forquilha
De quebra, é um cantador que abre o peito no lombo
E desconhece esse taura o preço de levar um tombo
Então no más, compartilho o pingo dos meus arreios
Sou eu que grito repontes e laço boi nos rodeios
Depois das lidas de campo, largo de lombo lavado
Pra ver na cruz do meu zaino o bem-te-vi estampado
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https://www.youtube.com/watch?v=yUylNRGneh8
Mensagem Dos Sete Povos - 1977
"Uma velha criou um neto por nome de Nicolau Nunca vi na minha vida, que guri que deu tão mau"
Letra / Música: José Daltro Santana / Pedro Ortaça
Ritmo: Bugio
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Uma velha criou um neto por nome de Nicolau
Nunca vi na minha vida, que guri que deu tão mau
Na escola, ele não estuda, tira nota zero grau
E os colegas mais pequeno', ele pega e enche de pau
Chega em casa e bebe os ovos lá do ninho do Girau
E a velhinha só gritando: -Deixa de arte, Nicolau
Tu tá ficando medonho, tu tá pior do que um demônio
Deixa de arte, Nicolau
Foi mostrar o passo pra um home' no arroio dos Pilau
Levou numa estrada errada, botou o home' nuns perau'
Ensinou o poço mais fundo, mentindo que dava vau
De volta de lá pra cá, roubou um Porquinho macau
Vendeu a troco de canha, chegou em casa mamau
E a velhinha só gritava: -Deixa de arte, Nicolau
Nicolau, tu deixa de arte, o dono do Porco dá parte
Deixa de arte, Nicolau
Rouba charque no varal de lá do seu Liberal
Rouba bala do bolicho do genro do Venceslau
E chega e se faz de doente, não quer nem comer mingau
Só quer bolacha Maria e chazinho de cacau
Soltou uma ponta de gado na roça do seu Lalau
E a velhinha só gritava: Deixa de arte, Nicolau
Quanta gente te aconséia', tu tá me deixando véia
Deixa de arte, Nicolau
Nicolau, tu deixa de arte, tu tá pior que um malazarte
Deixa de arte, Nicolau
Ôh! Guri pavoroso esse Nicolau
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https://www.youtube.com/watch?v=lqMyhjqcIFE
Sapecada da Canção Nativa 5ª Edição - 1997
"Segredou-me o vento sul que cabresteia o inverno Cantando nas casuarinas rompendo"
Letra / Música: Heleno Cardeal / Pedro Guerra
Ritmo: Milonga
Conquistou o prêmio de 2º Lugar.
Também interpretada na Califórnia da Canção Nativa - 27ª Edição - 1997.
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Segredou-me o vento sul que cabresteia o inverno
Cantando nas casuarinas rompendo folhas e cerne
Lãs que tenho, lenha pouca silêncios de quase um ano
Sabenças que armazenei insuficientes, bem sei
Para enfrentar o tirano
(Qual general de campanha vai mandar o minuano
Virá com mil artimanhas intimidar o meu rancho
E eu silente mateando fogo de chão caprichado
No meu pala enrodilhado vou me quedar esperando)
Nunca o temi, que o varal de charque era lotado
Cavalo bem amilhado vinho prá cem madrugadas
Erva mansa, quincha buena de Santa Fé, despontada
Violão para as insônias que por amargas e longas
Tinha a alma calejada
Já nem mais canto milongas temendo o embate fatal
Dá pena ver o varal sem a fartura das mantas
Não sei se ri, ou se canta o vento quando ultrapassa
Não estou chorando, senhores é o efeito da fumaça
Não estou chorando, senhores
É o efeito da fumaça
►Jurados: Telmo de Lima Freitas, Danilo T. Ferro, Nilo Bairros de Brum, Elton Saldanha, Vaine Darde, Mauro Moraes, Renato Borghetti.
►Contribuição: Guga C.
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https://www.youtube.com/watch?v=3MkuMia1uU0
Califórnia da Canção Nativa - 32ª Edição CD 1 - 2003
Letra / Música:
Ritmo: Milonga Toada
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*Sem certeza quanto a informação
►Áudio retirado do canal Sonidos del Sur
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https://www.youtube.com/watch?v=NM1JOae4KH0
Vigília do Canto Gaúcho - 15ª Edição - 2004
"Boto fé no meu cavalo Que me leva onde eu quiser"
Letra / Música: Carlos Omar Villela Gomes / Erlon Pericles
*Ritmo: Milonga
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É potro que corcoveia
É o gado solto no pasto
É o mundo que vem de arrasto
Cinchado no meu sovéu
Não renego tempo feio
Se a vida bota retruco
E até o céu por ser gaúcho
Se desaba num tropeu
O tempo por cabuloso
Vem tentiando nas berada
Mas não tem fogo, nem geada
Que consiga me pealar
Tenho a flor desta querência
No meu jeito de campeiro
E a fumaça dum palheiro
Se espalhando pelo ar
Uma tristeza de campo
Que se achega nessa hora
Mas minha alma de vento
Se renega estrada a fora
E assinando o sentimento
Talareando suas espora
Boto fé no meu cavalo
Que me leva onde eu quiser
Pela alma do gaúcho
Eu sigo trancando o pé
Boto fé no meu cavalo
Que me leva onde eu quiser
Pela alma do gaúcho
Eu sigo trancando o pé
Meu chapéu aba quebrada
Se tapiô num de repente
E eu mirei que o horizonte
Não tava tão longe assim
Um compasso de cincerro
Um galpão dos bem quinchado
E um violão bem afinado
São horizontes pra mim
Não hay furo no meu pala
Nem ferrugem na garrucha
Pois se ela é bem gaúcha
Não nega nas precisão
Trago poeira na bombacha
As espora bem afiada
E a querência bem trançada
Nas garras do coração.
►Contribuição: Guga C.
►Fonte compositores: https://www.ecadnet.org.br/Client/app/#/Detalhes/Obra/O/1600032
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https://www.youtube.com/watch?v=xFSZ9QqabhM