Califórnia da Canção Nativa - 24ª Edição - 1994
"Venho dos anseios grandes Das três pátrias mal domadas Que empurraram a trompadas"
*Ritmo: Chamarra
Letra / Música: Jayme Caetano Braun / Talo Pereira
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Venho dos anseios grandes
Das três pátrias mal domadas
Que empurraram a trompadas
Os rios as pampas e os andes
Na gesta dos quatro sangues
Onde nasceu o Gaudério
Irmanando o tio Lautério
Ao Martin Fierro de Hernandes!
Trago na genealogia
Índios, negros, lusitanos!
Mestiços e castelhanos
Brotados da geografia
Que à hora em que me paria
Livre de mal e quebranto
Parou pra ouvir meu canto
Mesclado com ventania!
Me alargaram as retinas
De tanto bombear distâncias
No vai e vem das estâncias
Das pampas continentinas!
Herdei a cruz das batinas
Mas sou dos mesmos sinuelos
Dos Lusíadas de pêlos
E os Dom Quixotes de clina!
Talvez daí a rebeldia
Baguala que me norteia
Eu que nasci da peleia
Pra andar no mundo a la cria!
Era meu, tudo o que havia
Na terra que já foi séria
Onde exploram a miséria
E comem a geografia!
Apesar disso mantenho
Aquelas glórias que herdei
Escravo que já foi rei
Conservo as baldas que tenho
Sempre no melhor empenho
Sem nunca perder o jeito
No sacrossanto direito
De me orgulhar de onde venho!
Áudio retirado do canal Sonidos del Sur
Fonte imagem: M. Augusta
...
https://www.youtube.com/watch?v=-cebtcQaEYI
Rastreador - 1996
"Já alargaram as pupilas Da sanga da velha estância Bebedor do gado manso"
Letra e Música: Telmo de Lima Freitas
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Já alargaram as pupilas
Da sanga da velha estância
Bebedor do gado manso,
Nobre pia batismal
Bordada de corticeiras
Ao pedestal dos barrancos
Que o tempo se encarregara
De não deixar um sinal
Ainda bailam lembranças
Da sanga das laranjeiras
Memoráveis brincadeiras
Do meu mundo de guri
Onde há recém me ensaiava
Dando as primeiras braçadas
Com o peito sobre o dorso
De um toco de gurupi...
O tempo cruza a galope
Sem perceber muitas vezes
Que ao sepultar uma sanga
Muita alegria desfaz
Descrente, eu peço cantando,
Que apenas por um segundo
A pedra do velho mundo
Girasse um pouco pra trás
Então seria refeita
A sanga das laranjeiras
Bordada de corticeiras
Que um dia o tempo desfez
O mundo seria outro
Sem maior indiferença
(Porque a maior recompensa
É ser guri outra vez...) Bis
Fonte letra: https://musicatradicionalista.com.br/musica/27718/letra-velha-sanga.html
...
https://www.youtube.com/watch?v=foMetSs-oJY
Pedaços de Mim - 1992
Letra / Música: Vaine Darde / Talo Pereyra
*Ritmo: Milonga
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Contribuição de Carlos R. Hahn
...
https://www.youtube.com/watch?v=nF5Vry1vEZ4
Canta Zitarrosa - 1966
"Oigo tu voz llamándome Recuerdos que devuelve el tiempo Tu voz me nombra y me duele"
Letra e Música: Alfredo Zitarrosa
Ritmo: Zamba
Também interpretada no álbum Recordándote - 1976 e En el Odeon Montevideo - 1966
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Oigo tu voz, llamándome
Recuerdos que devuelve el tiempo
Tu voz me nombra y me duele otra vez
Yo ya no puedo volver
Tu voz me nombra y me duele otra vez
Yo ya no puedo volver
Oigo tu voz, llamándome
Silencio en el silencio, y siento
Que es el vino que me engaña, otra vez
Yo ya no puedo volver
Que es el vino que me engaña, otra vez
Yo ya no puedo volver
La noche es tan amarga y lenta
La zamba te recuerda tanto
Que cuando canto me olvido, mi bien
Que ya murió tu querer
Que cuando canto me olvido, mi bien
Que ya no puedo volver
Pienso en tus palabras, recordándote
La noche agranda su silencio
Y en él te escucho, volviendo a decir
Sin ti no puedo vivir
Y en él te escucho, volviendo a decir
Sin ti no puedo vivir
Pero las palabras, como el aire son
Aliento que se vuelve viento
Y así tu amor, con el tiempo, murió
El viento se lo llevó
Y así tu amor, con el tiempo, murió
El viento se lo llevó
La noche es tan amarga y lenta
La zamba te recuerda tanto
Que cuando canto me olvido, mi bien
Que ya murió tu querer
Que cuando canto me olvido, mi bien
Que ya no puedo volver
*Áudio retirado do canal Patito Chanel.
...
https://www.youtube.com/watch?v=Kqfnx1heSDg
Glênio Fagundes - 1997
"Quase num fundo de campo onde arrincona recuerdos a cicatriz de um caminho mostra"
Letra e Música: Glênio Fagundes
Gênero: Poema
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Quase num fundo de campo
onde arrincona recuerdos
A cicatriz de um caminho
Mostra uma antiga tapera
Onde a avó das laranjeiras
Tramuta tapete de renda urdidura das folhas
Fiando a prata lunar
Seus poemas caducando,
Lembrando frutos, flores
Floresce antigos amores
Que regalou a patrona
Talvez por isso a coitada
Desnorteada pela idade
Frutifique na saudade
Laranjas temporonas
Chegando a tiro de laço
Todos nós somos assim
Guri não tem imunidade
Por isso contrai saudade
Quando a vida se entona
E na lembrança desgarra
Quando um toque de guitarra
Ou floreios de cordeona
...
https://www.youtube.com/watch?v=hy10AO7KgnU
Verseador - 2017
"Num fim de tarde Rosa Flor voltava ao rancho Da mesma sanga dos seus tempos de criança"
Letra / Música: Gujo Teixeira
*Ritmo: Milonga
Ouça o álbum completo no Spotify: https://open.spotify.com/album/1wYPuHS373gSauLVg4Cgo8?si=JFNKZR9HScOcTp1voax03A
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Num fim de tarde, rosaflor voltava ao rancho
Da mesma sanga dos seus tempos de criança
Já nem deu tempo de quarar lençóis e panos
Porque o tempo se estendeu em chuva mansa
Mariano luna vinha ao tranco sob um poncho
De asas abertas, feito um pássaro pra o ninho
Que um tempo feio desabava mais adiante
E o rancho ainda tinha sonhos de carinho
Costeando a casa junto às frondes do arvoredo
Onde a querência é bem maior do que a infância
Um gurizito de bombacha e boina negra
Brincava quieto com seus ossos numa estância
Era por nada um tempo ruim, quem sabe chuva
Pra os olhos mansos de um guri quase estancieiro
Com bois, ovelhas, vacas mansas e cavalos
E um sonho simples de um dia ser campeiro
Mariano luna prendeu um grito pra o guri
Pois do seu sonho, só um grito lhe separa
Que deixou a sua estância entre resmungos
E entrou pra o rancho no seu potro de taquara
Rosaflor olhava o tempo e um temporal
Trazendo ventos a se mostrar pela distância
E o guri de olhos abertos na janela
Cuidava a chuva alagando sua estância
Depois o rancho escureceu, sombreando velas
E o guri adormeceu seus sonhos tantos
De ser campeiro, igual ao pai, ser domador
De ter seus bois, vacas e ovelhas nestes campos
Mariano luna e rosaflor entre seus mates
Cuidavam o sono do guri dormindo ao lado
Que nem ouviram a noite escura e seus lamentos
Tamborilando a chuva mansa no telhado
...
https://www.youtube.com/watch?v=4Ebqxhh9v2Q
En Radio Centenario - 1962
"El que ha vivido penando, por causa de un mal amor, no encuentra nada mejor"
Letra e Música: Alfredo Zitarrosa
Ritmo: Milonga
Também interpretada no LP Doble Tonal - 1965, La Canción del Cantor (1968) e Canta Zitarrosa - 1966.
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
El que ha vivido penando,
por causa de un mal amor,
no encuentra nada mejor,
que cantar y d'ir pensando.
Y si anduvo calculando,
qué culpa pudo tener,
cuando ve que una mujer,
no conoce obligaciones,
se consuela con canciones,
y se olvida de querer.
Por eso niña te pido,
que no me guardes rencor,
yo no puedo darte amor,
ni vos podés darme olvido.
Yo sé que en cualquier descuido,
me iba a bolear contra el suelo,
y aunque me ofrezcas consuelo,
yo no lo puedo aceptar,
puedo enseñarte a volar,
pero no seguirte el vuelo.
Yo no te puedo entregar,
un corazón apagado;
cuando falla el del costado,
no hay nada que conversar.
Hay una forma de amar,
que es un modo de conciencia;
hay un amor que es paciencia,
y otro que es solo aromar.
¿ Cuál amor te podría dar,
quien amara tu inocencia ¿.
Cuando te vuelva a encontrar,
no podremos sonreír,
prefiero verte partir,
como te he visto llegar.
Cuando vuelvas a pensar,
que una vez te conocí,
y que nomás porque sí,
te compuse una canción,
cantará en tu corazón,
lo poquito que te di.
...
https://www.youtube.com/watch?v=u8ro4OuRDQQ
Danças Tradicionais do MTG
"A Chimarrita-Balão ai Não é pra todos dançar É pra quem tem o pé leve ai meu bem Pra quem sabe sapatear."
Composição: Folclore gaúcho (Recolhida por Barbosa Lessa e Paixão Côrtes)*
Intérpretes: Jorge Marino e os Provincianos
*Ritmo: Chimarrita
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
A Chimarrita-Balão, ai...!
Não é pra todos dançar
É pra quem tem o pé leve, ai meu bem!
Pra quem sabe sapatear. (bis)
Atirei na saracura, ai...!
matei o "saracurão"
E a saracura voou, ai meu bem
Foi parar no lagoão
A Chimarrita-Balão, ai...!
Não é pra todos dançar
É pra quem tem o pé leve, ai meu bem!
Pra quem sabe sapatear. (bis)
Atirei na saracura, ai...!
matei o "saracurão"
E a saracura voou, ai meu bem
Foi parar no lagoão
*Sem certeza quanto a informação.
Fonte foto partitura: https://www.musicaleiturafacil.com.br/partituras-7-7
Contribuição de O Bustamante: https://www.youtube.com/channel/UCMAyMhvaKEbT5QnE_qxTrVA
...
https://www.youtube.com/watch?v=Xv6bUetAYYk
Galponeira De Bagé - 8ª Edição - 2011
"Venho daquele horizonte onde a estrada é um reponte E a liberdade é xirua na pampa larga"
Letra / Música: Davi Teixeira / Matheus Alves
Conquistou o prêmio de Melhor Melodia e Melhor Intérprete (Pirisca Grecco)
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Venho daquele horizonte onde a estrada é um reponte
E a liberdade é xirua na pampa larga estendida
Venho daquela querência onde o campo é referência
Pra quem perdeu o sentido das coisas buenas da vida
Venho daquele rincão onde o patrão e o peão
Batem estribo parelho no camperear das coxilhas
Venho daquelas planuras onde garças são pinturas
E cavalos riscam mapas pelo manto das flechilhas
De onde venho, ora de onde venho,
Das carretas pra quintandas do gado pro saladeiro
De onde venho, ora de onde venho,
Do charque pelas caronas na redenção dos tropeiros
De onde venho, ora de onde venho,
Das estâncias legendárias da água benta do poço
De onde venho, ora de onde venho,
Do lencito maragato dos tempos do sabe moço
De onde venho, ora de onde venho,
Dos candieiros de estopa dos gaiteiros só de ouvido
De onde venho, ora de onde venho,
Do café preto e biscoito dos bailes de chão batido
De onde venho, ora de onde venho,
Dos domingos de apargata do comércio de carreira
De onde venho, ora de onde venho,
Da alma velha de campo, coisas da fronteira
Venho daqueles galpões, onde a alma são tições
Alimentando palheiros e horas de camboneadas
Venho daquelas rodilhas, onde o mate a figueirilha
Ajoja hinos campeiros a remendar pataquadas
Venho bem daquela gente o bairrismo é latente
Sempre que um se atravessa, mal dizendo a pátria gaucha
Venho daquele sistema, onde mudar é um dilema
Pra quem sepultou a vida nos remendos da bombacha
...
https://www.youtube.com/watch?v=4xkJ9z4BypQ