Marca de Casco - 2002
"Sigo meu tranco caminhador Bem a cavalo campereando o amor Até estendi umas badanas Esparramei os arreios"
Letra e Música: Mauro Moraes
Ritmo: Milonga
Músicos: Violões base, solo e guitarrón de Marcello Caminha
Também interpretada por Chico Saratt na 9ª Sapecada, veja o vídeo: https://youtu.be/a5Xt-nTy_Tc
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Tem dias que a solidão em mim repousa
E o tempo de espera é coisa
Costumeira de lidar...
A falta de prosa nunca faz sentido,
Quando a dor dos interditos
Leva a gente sossegar...
Que se passa coração com o sal da boca,
Se o silêncio é coisa pouca
Quando a alma desencilha pra matear?
No espelho das aguadas uma mágoa,
Uma várzea, um luzeiro,
Um sinal, um lugarejo pra guardar...
Sigo meu tranco caminhador,
Bem a cavalo, campereando o amor!
Até estendi umas badanas,
Esparramei os arreios,
E acolherei alguns peçuelos ao violão...
Junto à quincha do galpão, o picumã,
O bem-querer de um verso triste
E uma agonia impossível de esconder...
...
https://www.youtube.com/watch?v=11Ly_S0ogXY
Entrevero No Teclado - 1985
Composição: Albino Manique
Ritmo: Rancheira
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
...
https://www.youtube.com/watch?v=kBdgT5T0reM
Sapecada Da Canção Nativa 22ª Edição - 2014
Letra / Música: Mario Lucas / Diego Camargo e André Teixeira
André Teixeira: Violão, Guitarrón e Baixo
Luciano Maia: Acordeon
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Conheça o blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Serei a trança do laço que enfeita a anca do pingo,
A rastra meio curtume das volteadas de domingo.
Estarei no encontro do mouro no feitio de uma peiteira.
Num reiador macanudo nos estalos da soiteira.
Serei o aperto da cincha, no latego e travessão,
Um tirador fachudaço pra escorar os ‘tirão’.
Na firmeza de um buçal que ajuda o domador
Virei desde a cabeçada, da cedeira ao fiador.
Virei na forma de um basto
Moldando o lombo do mouro,
A cada armada serrada
Que prenuncia o estouro.
Em cada naco de couro
Cumprindo o ciclo da vida
Assim me vou deste mundo
Pra renascer para a lida.
Serei o tento da espora, estrela perdida do céu.
A forma de um barbicacho que sustenta algum chapéu.
Virei no estilo campeiro do aperto de um bocal,
Numa maneia de trava que dobra qualquer bagual.
Serei os pares de rédeas que faz do potro, cavalo.
O velho ritual sulino que Deus me deu por regalo.
Na rudeza de um sovéu, ali estarei torcido
Três tiras formando um só pra não se dar por vencido.
Contribuição Carlos Ramos
...
https://www.youtube.com/watch?v=i0aTNxNso3c
Vigília do Canto Gaúcho - 10ª Edição - 1999
"Na boca da noite costeando a picada meu zaino que é um gato se para carancho"
Letra / Música:
*Ritmo: Chamarra
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Na boca da noite costeando a picada meu zaino que é um gato se para carancho
Bombeando distante pras bandas do poente parece que sente o calor de algum rancho
Eu trago na estampa um jeito teatino porque o destino quis que eu fosse andejo
E a noite serena chega e me provoca campear a chinoca e roubar-lhe um beijo
Um ventito manso me alvorota o pala então eu me aprumo e tapeio o chapéu
Enxergo teu corpo no clarão da lua e os teus lindos olhos brilhando do céu
Eu sinto no peito um guascaço mui forte inté acho que tenho coração de potro
Que bate ligeiro quando enxergo a flor se é meu este amor não preciso de outro
A alma de um taura que vaga solito se para mais quebra rumbiando pra o fim
E as ânsias que tenho acolherei com a gana de ver a paisana que espera por mim
Já vejo a hora de encontrar minha linda e dizer que trago entalado na goela
A felicidade que tanto preciso achei no sorriso que deus deu pra ela
Que lindo seria se um dia eu pudesse te erguer na garupa do meu zaino bueno
Talvez me perdesse no toque dos dedos campiando os segredos de um corpo moreno
Mas numa volteada te levo comigo pro posto do fundo da estância da barra
Pra ser minha dona e cuidar um ranchinho e de um pichonzinho que herdará minhas garras
Na boca da noite
Contribuição: G. Carrera
...
https://www.youtube.com/watch?v=zvKBUKIhwb4
Comparsa da Canção Nativa - 9ª Edição - 1995
Letra / Música: Eliezer Tadeu Dias de Souza / Zulmar Benitez
*Ritmo: Chamarrita/Vaneira Missioneira
Conquistou o prêmio de 3º lugar
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
►Contribuição de Carlos R. Hahn
►Fonte informação: Thiago Ferreira
...
https://www.youtube.com/watch?v=jNSJDOHRuO8
Semana Crioula Internacional de Bagé - 12ª Edição - 1985
"São quatrocentos novilhos E um compromisso moral Cortando fundo os recantos"
Composição: Antônio Augusto Ferreira, Luiz Bastos e Mauro Ferreira
*Ritmo: Chacarera
Também interpretada na 2ª Reculuta de Guaíba (1985), onde conquistou o prêmio de 1º lugar, Melhor Instrumentista (Beto Bollo)
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Informações e download de músicas no blog: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
São quatrocentos novilhos
E um compromisso moral,
Cortando fundo os recantos
Para deixar o Uruguai.
Hai! Como pesa essa tropa
Se pesa nos ombros do seu capataz,
Hai! Como pesa essa tropa
Se pesa nos ombros do seu capataz.
Vem delgada esta boiada
Sem tempo pra descansar,
O rio Negro está de enchente
Mas não se pode esperar.
Que há notícias de milicos
Cortando caminhos na banda oriental,
Que há notícias de milicos
Cortando caminhos na banda oriental.
E tropa linda nadando,
Êra boi!
Passa boi! Passa boi! Passa boi!
Iarrarra!
No rastro do contrabando
Um taura conta com a sorte,
Nunca se sabe até quando
Vida e morte.
Não há nada mais traiçoeiro
Do que rio que não dá vau,
A correnteza bailando
Seus vidrilhos no canal.
Pra jogar esta tropa n'água
É preciso tutano, ser macho demais
Pra jogar esta tropa n'água
É preciso tutano, ser macho demais.
Um ponteiro "corajudo"
Chamando a ponta que cai
E um espinheiro de guampas
Em redemoinhos se vai.
E a comitiva se afunda
Pra longe das balas da banda oriental,
E a comitiva se afunda
Pra longe das balas da banda oriental.
Glossário:
Vidrilhos: Cada um dos pequenos tubos de vidro que, enfiados à maneira de contas, servem de enfeite do vestuário.
...
https://www.youtube.com/watch?v=cX3tFquEscQ
Cordeona-me - 2012
"Ficaram arreios suados e um silêncio de esporas"
Letra / Música: Gujo Teixeira / Luiz Marenco
*Ritmo: Chamamé
Também interpretada na 9ª Tafona da Canção Nativa (Osório) - 1997. Com os prêmios de Conquistou o prêmio de 1º Lugar e Melhor Tema Campeiro. Também interpretada por Jari Terres no CD Entre Paisanos - 1997 e por Luiz Marenco no CD Ao Vivo - 2002 e no álbum Andapago CD 1 - 2010.
Facebook: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Instagram: https://www.instagram.com/canal_roos/
Informações e download de músicas no blog do canal: https://ocanaldoroos.blogspot.com/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
A calma do tarumã ganhou sombra mais copada
Pela várzea espichada com o sol da tarde caindo
Um pañuelo maragato se abriu no horizonte
Trazendo um novo reponte pra um fim de tarde bem lindo
Daí um verso de campo se chegou da campereada
No lombo de uma gateada frente aberta, de respeito
Desencilhou na ramada, já cansado das lonjuras
Mas estampando a figura campeira, bem do seu jeito
Cevou um mate pura folha, jujado de maçanilha
E um ventito da coxilha trouxe coplas entre as asas
Pra querência galponeira onde o verso é mais caseiro
Templado a luz de candeeiro e um quarto gordo nas brasa
A mansidão da campanha traz saudade feito açoite
Com olhos negros de noite que ela mesma aquerenciou
E o verso que tinha sonhos pra rondar na madrugada
Deixou a cancela encostada e a tropa se desgarrou
E o verso sonhou ser várzea com sombra de tarumã
Ser um galo pras manhãs ou um gateado pra encilha
Sonhou com os olhos da prenda, vestidos de primavera
Adormecidos na espera do sol pontear na coxilha
Ficaram arreios suados e um silêncio de esporas
Um cerne com cor de aurora queimando em fogo de chão
Uma cuia e uma bomba recostada na cambona
E uma saudade redomona pelos cantos do galpão.
...
https://www.youtube.com/watch?v=eni0WOWl0zE
Galponeira De Bagé - 8ª Edição - 2011
"Venho daquele horizonte onde a estrada é um reponte E a liberdade é xirua na pampa larga"
Letra / Música: Davi Teixeira / Matheus Alves
Conquistou o prêmio de Melhor Melodia e Melhor Intérprete (Pirisca Grecco)
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
Venho daquele horizonte onde a estrada é um reponte
E a liberdade é xirua na pampa larga estendida
Venho daquela querência onde o campo é referência
Pra quem perdeu o sentido das coisas buenas da vida
Venho daquele rincão onde o patrão e o peão
Batem estribo parelho no camperear das coxilhas
Venho daquelas planuras onde garças são pinturas
E cavalos riscam mapas pelo manto das flechilhas
De onde venho, ora de onde venho,
Das carretas pra quintandas do gado pro saladeiro
De onde venho, ora de onde venho,
Do charque pelas caronas na redenção dos tropeiros
De onde venho, ora de onde venho,
Das estâncias legendárias da água benta do poço
De onde venho, ora de onde venho,
Do lencito maragato dos tempos do sabe moço
De onde venho, ora de onde venho,
Dos candieiros de estopa dos gaiteiros só de ouvido
De onde venho, ora de onde venho,
Do café preto e biscoito dos bailes de chão batido
De onde venho, ora de onde venho,
Dos domingos de apargata do comércio de carreira
De onde venho, ora de onde venho,
Da alma velha de campo, coisas da fronteira
Venho daqueles galpões, onde a alma são tições
Alimentando palheiros e horas de camboneadas
Venho daquelas rodilhas, onde o mate a figueirilha
Ajoja hinos campeiros a remendar pataquadas
Venho bem daquela gente o bairrismo é latente
Sempre que um se atravessa, mal dizendo a pátria gaucha
Venho daquele sistema, onde mudar é um dilema
Pra quem sepultou a vida nos remendos da bombacha
...
https://www.youtube.com/watch?v=4xkJ9z4BypQ
Los Chalchaleros - 1958
"Soy del Cerro Colorao Ande no sabe llover De onde naide pasa el rio Cuando le da por crecer."
Letra e Música: Atahualpa Yupanqui
Ritmo: Chacarera
Curta a página: https://www.facebook.com/ocanaldoroos/
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Soy del Cerro Colorao,
Ande no sabe llover.
De onde naide pasa el rio
Cuando le da por crecer.
En piedras y moldejones
Trabajan grandes y chicos
Martillando todo el día
Pa'que otro se vuelva rico.
De la mañana a la noche
Cantaba un chango en los yuyos,
Y asegún me anoticiaron
Se había tragao un coyuyo.
El zorro me llevó un pollo
Y una tarde lo rastrié;
Vide que usaba alpargatas
Y eran del número diez.
Agua le di a un garabato
Que se estaba por secar,
Y me ha pagado con flores
Que alegran mi soledad.
Pasaba un chango cantando
En una chata carguera,
Y la mula iba pensando
Pucha, qué vida fulera...
Me fui para Taco-Yaco
A comprar un marchador,
Y metruje un zaino flaco,
Peticito y roncador.
Chacarera, chacarera,
De mi Cerro Colorao,
Al mozo que está bailando
Lo vo'a elegir por cuñao.
...
https://www.youtube.com/watch?v=r_kOSUHf-XE