Coxilha Nativista - 17ª Edição - 1997
"Meu poncho emponcha lonjuras batendo água E as águas que eu trago nele eram pra mim"
Letra / Música: Gujo Teixeira / Luiz Marenco
Arranjo violão: Marcello Caminha
Arranjo Gaita: Leonel Gomez
Ritmo: Chamamé
Também interpretada no CD Andapago CD 01 - 2010 e por Luiz Marendo no CD Ao Vivo - 2002
Sobre o solo veja o vídeo do Marcello:
https://youtu.be/KRW4PmLyHjwPor incrível que pareça, este clássico não levou nenhum prêmio. Reza a lenda que na hora da apresentação, bateu um vento e voou a folha, e o jurado caneteou, porque o cantor táva lendo.
Curta a página:
https://www.facebook.com/ocanaldoroos/▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ஜ۩۞۩ஜ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Meu poncho emponcha lonjuras batendo água
E as águas que eu trago nele eram pra mim.
Asas de noite em meus ombros, sobrando casa...
Longe "das casa" ombreada a barro e capim.
Faz tempo que eu não emalo meu poncho inteiro,
Nem abro as asas de noite pra um sol de abril...
Faz muitos dias que eu venho bancando o tino
Das quatro patas do zaino, pechando o frio!
Troca um compasso de orelha a cada pisada,
No mesmo tranco da várzea que se encharcou...
Topa nas abas sombreras que em outros ventos
"Guentaram" as chuvas de agosto que Deus mandou.
Meu zaino garrou da noite o céu escuro
E tudo o que a noite escuta é seu clarim.
De patas batendo n'água depois da várzea...
Freio e rosetas de esporas no mesmo "trim".
Falta distância de pago e sobra cavalo
Na mesma ronda de campo que o céu deságua,
Quem tem um rumo de rancho pras quatro patas,
Bota seu mundo na estrada batendo água!
Porque se a estrada me cobra, pago seu preço
E desabrigo o caminho pra o meu sustento.
Mesmo que o mundo desabe num tempo feio...
Sei o que as asas do poncho trazem por dentro.
*Retirado do canal Sonidos del Sur.
*Contribuição: Leandro Cunha.
...
https://www.youtube.com/watch?v=KKHtM8Pj_38