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24 Nov 2021 13:45:46 UTC
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testando-movimentos-desafio-ruptura-ii
Essa elaboração é a segunda parte de uma desconstrução conceitual de 3 ensaios feitos em 2015.
Bom, como eu comentei no primeiro vídeo, quem me conhece sabe que engordei demais nos últimos anos e que perdi minhas habilidades na dança por conta da obesidade. Meu corpo não me obedecia mais, e aquilo foi a morte para mim durante um longo tempo. A pior parte foi suportar uma auto-crítica inflexível para comigo mesma. Mas com um pouquinho de amor aqui e ali, isso começou a se resolver bem.
Então, nesse vídeo, eu praticamente briguei com o equilíbrio - ou será que foi com a falta dele? Eu tinha uma facilidade absurda na meia ponta, mas de alguma forma, ela não saiu dessa vez. E também, meu corpo não quis "obedecer" a regras comuns da dança árabe tradicional, como batidas, tremidos em momentos especiais [meus tremidos de quadril sumiram :O ], principalmente, porque esta é uma música tradicional muito linda da Umm Kulthum, muito rica em detalhes e acentos específicos. Ela pede uma concentração imensa e não é fácil de se interpretar...
Porém, novamente, meu corpo quis seguir as linhas orgânicas e confortáveis das suavidades líricas e melódicas - que combinação alquímica de voz e violino!
Será que a insegurança me fez ficar na zona de conforto ou foi uma rebeldia visceral que se instalou ali para transgredir a regra básica?
Eu não coreografei nada, e como foi a primeira vez que estava experimentando o corpo na dança, depois de um grande tempo zen-dançar, fiquei *pensando* o tempo todo, a velha briga entre corpo e cabeça.
Eu me esforcei muito pra ficar no quadradinho conceitual dentro da música, conforme eu havia aprendido, porque a dança do ventre, ao contrário do que muita gente pensa, é cheia de regras, principalmente se você a desenvolve para performances. A dançarina tem que estudar os vários ritmos árabes, saber interpretá-los [sendo que cada um pede uma interpretação diferenciada], estar sincronizada com os músicos, dominar técnicas de improvisação e taksim, e ainda tocar instrumentos. Olha gente, é uma disciplina bem complexa para quem não sabe. As bailarinas de hoje estudam inclusive a língua árabe para enriquecer o trabalho tá.
Só que, depois de anos zen-dançar, somando os dias que fiquei praticando MVBs & Cia, eu reparei que minha dança ficou menos técnica e mais espontânea. Cara, meu corpo não aceita mais "cabresto", virou um anarquista [no vídeo ele está mais comportado, mas ainda terei a oportunidade de gravar um bem doidão].
Foi uma experiência de "quase-ruptura" - quase - porque não a senti como completa.
Assim como no primeiro vídeo, eu não editei, nem cortei nenhuma parte, porque não tenho nada a esconder nesse processo de redescoberta e enamoramento entre corp
...
https://www.youtube.com/watch?v=1ftEnnt6I6M
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