O Melhor De Noel Guarany - 1984
"Na estância toda semana eu campereei de sol a sol E hoje sábado e com gama me corto"
Letra / Música: Aureliano de Figueiredo Pinto / Noel Guarany
*Gênero: Payada
Também interpretada nos LPs Canto da Fronteira - 1976, Canta Aureliano de Figueiredo Pinto - 1978 e Legendas Missioneiras - 1971.
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Na estância toda a semana
Eu campereei de Sol a Sol
E hoje é sábado e com gana
Me corto a ver a tirana
Com duas braças de Sol
No zaino negro galhardo
Abro o pala em cima d’anca
E a larga bombacha branca
Sobre a badana de pardo
Fogoso pingo estradeiro
Sabe onde vou e onde vai
E segue barbeando o freio
A galopito no mais
Estão pedindo silêncio
Para os ruflos do meu lenço
E o alvoroço do meu pala
Sobe dos pastos do chão
De toda a quieta querência
O cheiro fino da essência
Chinoca e manjericão
Chego, enfim, à paisanita
Diz-me adeus num lindo momo
Com a graça humilde e esquisita
Que hay na flor do cinamomo
E no aconchego do rancho
Dentro da noite invernal
Paira um campeiro perfume
Da flor guaxa entre o chircal
Cai geada e o flete relincha
Tranqueando o pelo arrepiado
Olho a noite pela frincha
Inté o silêncio é gelado
E os nossos peitos amantes
O ar parece que corta
Como os fogões dos andantes
Acesos na noite morta
*Sem certeza quanto a informação
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https://www.youtube.com/watch?v=lEbf_tGq6nc
Mensagem Dos Sete Povos - 1977
Composição: Reduzino Malaquias
Ritmo: Chote
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"Em meados de 1966 eu juntamente com Noel Guarani e Cenair Maíca nos reunimos para tocar e cantar, e decidimos que iríamos criar um novo modo de cantar e tocar, a maneira que as coisas do Rio Grande eram colocadas não nos satisfaziam não era a maneira que queríamos como norte para
nosso trabalho. Digo, nosso, por que surgimos nesse contesto na mesma época e com os mesmos ideais.
E juntamente com o grande payador Jaime Caetano Braun que nos serviu de fonte e vertente para o nosso trabalho.Fomos denominados pelo grande payador como “Os quatros troncos da cultura missioneira”, pois conseguimos cada qual com seu estilo criar uma nova identidade na cultura musical gaúcha."
...
https://www.youtube.com/watch?v=6foYhoM6bFk
Califórnia da Canção Nativa - 20ª Edição LP 3
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Por esta vida, nas duras lidas
Busca sofrida pra te encontrar
Quinchei o rancho, esteio e sonho
Sangrei auroras neste esperar
Esteio e sonho, flor de gaúcha
Pura ternura de entardecer
Sorriso claro de sol maduro
Rumo seguro para o meu querer
Companheira, mulher companheira
Graça de garça pra enfeitar a primavera
Garra de fera pra lutar a vida inteira
Em cada olhar a mesma estrada
Luta e carinho em nossas mãos
Calos e flores, colhendo juntos
E dividindo o mesmo pão
Quando o silêncio do nosso inverno
Cruzando manso, deixar em nós
Ausências tristes e sonhos mortos
Que não nos deixe mateando sós
Companheira, mulher companheira
Graça de garça pra enfeitar a primavera
Garra de fera pra lutar a vida inteira
...
https://www.youtube.com/watch?v=52HDlRS2RsE
Califórnia da Canção Nativa - 25ª Edição - 1995
"Oi galê solidão braba se arrasta largando brasa Nas patas do meu sebruno tu não me conhece peste"
Composição: Elton Saldanha, Tadeu Martins
*Ritmo: Milongão
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Duas luzes azuladas teu olhar cheio de estrelas
Num horizonte sem fim
Meu destino de a cavalo anda na boca da noite chamando por mim (x2)
Cruz credo espírito santo um amor baixou em mim
Me corta a ferro de esporas, virado a tirintimtim
Ai, ai amor solidão é couro de guacha batendo em mim
Eu colho flor de quebranto pelas patas do cavalo
Olho grosso eu desencanto com meus colotes de galo
Ai, ai amor, amor é cachaça boa, pra se beber no gargalo
Oi galê solidão braba se arrasta largando brasa
Nas patas do meu sebruno, tu não me conhece peste
Sou cria de são corcóveo e o diabo foi meu aluno (x2)
Sorte flor, sorte flor
Meu trevo de quatro folhas, é o teu amor
Meu trevo de quatro folhas, é o teu amor
Xá pra lá alma penada, eu não vou me santiguá
Eu descruzo a encruzilhada meu chamego é um saravá
Ai, ai amor tenho a luz de um novo amor pra me guiar
Azarico da miúda ai um raio ao deus dará
Benzo com canha e arruda amor e fogo oxalá
Ai, ai amor este teu beijo marcado é meu patuá
Oi galê solidão braba se arrasta largando brasa
Nas patas do meu sebruno, tu não me conhece peste
Sou cria de são corcóveo e o diabo foi meu aluno (x2)
Sorte flor, sorte flor
Meu trevo de quatro folhas, é o teu amor
Meu trevo de quatro folhas, é o teu amor (x3)
Sorte amor!
*Sem certeza quanto a informação
►Áudio retirado do canal Sonidos del Sur
►Fonte letra: https://www.kboing.com.br/cassia-abreu/sorte-amor/
►Fonte informação compositores: https://www.ecadnet.org.br/Client/app/#/Detalhes/Obra/O/65675
...
https://www.youtube.com/watch?v=aC_OaYSNJLY
35 Mega Sucessos - CD 2 - 2010
"Moleque serelepe, por favor, não trepe Neste meu salso chorão Ele chora as minhas mágoas"
Letra e Música: Leonardo
*Ritmo: Chamarra
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Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Plantei um pé de salgueiro
Lá na barranca do rio
Cresceu guapiando as tormentas
Vem, darás caulezinho
Criou raízes no pampa
E seus galhos tão pungidos
Foram sombras dos tropeiros
Marcos pelos rumos perdidos
Um dia deixei o pampa
Para buscar novas fontes
Deixei meu salso solito
Me perdi nos horizontes
Pelegueada perdida
Voltei de rédeas no chão
E fui campear minhas mágoas
Ao pé do salso chorão
E fui campear minhas mágoas
Ao pé do salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Chorei a infância querida
Retulutando lembranças
E o salso chorou comigo
Como fazia em criança
Milhões de vozes do pampa
Cantavam o canto de ausência
Encostei meu rosto ao chão
Acarinhando a querência
Mangueia fofa as tristezas
Refuguei a solidão
Apartei lembranças tristes
Finquei os joelhos no chão
Sequei o pranto dos olhos
Marejados de emoção
E cantei minha saudade
Ao pé do salso chorão
E cantei minha saudade
Ao pé do salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
*Sem certeza quanta a informação
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https://www.youtube.com/watch?v=ihV_-BA13vo
Um Certo Sul - 2012
Letra / Música: Helvio Luis Casalinho e Márcio Nunes Corrêa / Raineri Spohr
Ritmo: Tango
Também interpretada na Sapecada Da Canção Nativa 18ª Edição (2010)
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►Fonte informações: https://linhacampeira.wordpress.com/2010/05/10/interpretes-18%C2%AA-sapecada-da-cancao-2010/
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https://www.youtube.com/watch?v=2btxLHmkHAY
A Volta do Missioneiro - 1988
"nesse atavismo sem fim tão milenar quanto os andes"
Letra / Música: José João Sampaio da Silva / Noel Guarany
Ritmo: Milonga
João Máximo (Gaita, Gaita Ponto, Violão Base e Solo)
Jorge Guedes (Voz, Violão Base e Solo)
Ubiratan Costa (Baixo Acústico e Contrabaixo)
Noel Guarany (Voz)
Algacir Costa (Violão Base)
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Quando os ventos redentores
se alçam ninguém domina
e esta américa latina
será um voô de condores
os anseios multicores
pontearão qual um vaqueano
el coração dos hermanos
É que será o epicentro
pra resgatar tempo adentro
o ideário bolivariano
nesse atavismo sem fim
tão milenar quanto os andes
É que são feitos os grandes
iluminados enfim
kenedi, marti, ochimin,
estrela guia, lavalleja,
benito juarez, balmaceda,
lutter king, tiradentes
pariram sonhos pungentes
ornados de bronze e seda
tupac, condor andino
sucre, sien fuegos e alliende
pra o lado que a história pende
aí está um paladino
lincoll, prestes ou sandino
seja lá o nome que for
há de existir um payador
com sua décima de prata
ressucitando zapatta
e artigas, el protetor
não se matam ideais
populares, precursores,
mas aí estão os gran senhores
e os grotescos arsenais
os indigentes mentais
e deles não te compadeças
em casamatas espessas
militarizam os ares
com espadas nucleares
pairando em nossas cabeças
crioulo archote de luz
nos confins do mundo inteiro
qual meu sepé missioneiro
tua fama brilha e reluz
e o velho rincão da cruz
do rio grande tapejara
vincha e lança de taquara
com legendas libertárias
guarda ansias proletárias
del hermano che guevara.
...
https://www.youtube.com/watch?v=opxLN7191hI
Califórnia da Canção Nativa - 23ª Edição - 1998
"Ai violão veiaco Eu quase me mato te amando parceiro"
Letra e Música: Mauro Mores
*Ritmo: Milonga
Violão solo: Luiz Cardoso, Aurélio Leal
Guitarrón: Carlos Mendes
Violão base: Mauro Moraes
Veja a versão ao vivo no canal do Mauro Moraes: https://youtu.be/iKGnQ5yomzY
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Repentinamente a dor me pealou,
Me molestou os olhos.
Apressadamente o violão se amigou,
Foi me pedindo colo.
Cantador de vida brejeira
Não canta besteira nem charla em vão,
Manuseia os aperos da fala
E espera a volteada alçar de função.
Cautelosamente o mal me embretou,
Me desalmando o chasque.
Tinha umedecido as léguas do grão,
Lavando a cor do mate.
Cancioneiro de prosa caseira,
Não culpa as ovelhas dos males que tem,
Faz seus versos rodeado de amigos
E educa os ouvidos no canto de alguém.
(Ai, violão "veiaco",
Eu quase me mato te amando, parceiro,
Faz de conta que nesta milonga
A vida se alonga na ponta dos dedos.) Bis
Prazeirosamente o vento amansou,
Foi me sovando as botas,
Veio me tenteando o lenço e o chapéu
E uns "troço" que se gosta.
Quisera ter podido dormir a cavalo
E fazer-me esquecer,
Silencioso com a minha silhueta,
Rondando as fronteiras do meu bem-querer...
*Sem certeza quanto a informação
►Áudio retirado do canal Sondios del Sur
►Fonte letra e informações: Heinz
...
https://www.youtube.com/watch?v=DsZPzoCk4iI
20 Anos De Glória - 1987
"Dizem que o poeta é louco De fato eu não sou bem certo Fui criado sem estudo"
Composição: Gildo de Freitas
*Ritmo: Vaneira
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Dizem que o poeta é louco
De fato eu não sou bem certo
Fui criado sem estudo
E escrevo e não me aperto
Quem escreve verso errado
Trazem pra mim que eu conserto
(É isto mesmo moçada o grosso também têm vez!)
Eu digo não sei bem certo
Porque não gosto de grito
Até hoje quem gritou
Pensando em fazer bonito
Eu deixei que nem criança
Chorando por pirulito
(Manhoso!)
Touro e cavalo velhaco
Sempre lidei com cuidado
Todo homem brigador
Com carinha de abusado
Sempre tratei com respeito
Pra também ser respeitado
(O respeito impõe respeito!)
Nunca gostei de brigar
Mas já briguei obrigado
Porque um homem correndo
Fica desmoralizado
Prefiro morrer com honra
Do que viver desonrado
(Háha..)
Sou filho de raça pobre
Sem conhecer o conforto
Confiando e desconfiando
Sou que nem cavalo torto
Pra mudarem o meu sistema
Só sendo depois de morto
(É o pau que nasce torto não se endireita rapaziada!)
A mulher se amansa à beijo
Estudante eu aconselho
Fazer um pano branco
Pra agarrar um pano vermelho
O burro se amansa à espora
O covarde se espanta à relho
(Vamos encerrar sem dar nenhum laçaço mais!)
...
https://www.youtube.com/watch?v=Ot5L9MRE_Tk