Na versão dos Irmãos Grimm não há a figura da fada-madrinha.
Quem favorece a realização do desejo de ir ao baile são os pombos
e a árvore que cresce no túmulo de sua mãe,
regada por suas lágrimas quando sua mão morre.
Também não existe o sapatinho de cristal.
O baile dura 3 dias.
E em cada um deles, Cinderela aparece mais bonita.
As filhas da madrasta recebem um terrível castigo.
A ilustração é de Paul Gustave Doré (1832-1883)
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https://www.youtube.com/watch?v=humM-8tPkc4
me odiava tanto
só podia ser amor
me batia me xingava
me dizia que eu era
a desgraça consumada
nesta vida
tinha raiva até dormindo
ao meu lado ruminava
nomes feios
nem bom dia me ofertava
aguardava minha volta
altas horas lua alta
com olhar de ferro e fogo
quase um mês
sem sua palavra
odiava cada gesto
cada dia cada hora
em que a meu lado respirava
precisando disso mesmo
da minha sombra
minha pele
minha alma clara
pra amolar a sua faca
era tanto ódio
só podia ser amor
e eu ficava
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https://www.youtube.com/watch?v=QN3sMGDyyvs
venta
a cinza se espalha
voejando
e colorindo de mágoa
( a mágoa é cinzenta)
a tarde pequena
em que a chuva não para
e na janela, a visão se perde
vermelha.
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https://www.youtube.com/watch?v=79ZlTaK27nY
Mais um monólogo desenvolvido durante o curso no Núcleo de Artes Cênicas. Desta vez a compilação poética foi feita pelo colega Marco Canonici. Ele chegou a fazer 6 entrevistas até encontrar essa que tinha um conteúdo bastante singular. Ele foi em busca num centro de refugiados, indicado por outro colega, a Ludmila Facella. Um texto bastante forte para ser dito, para ser encontrado os seus "entres", suas ranhuras, suas fissuras. História de um homem que sofreu as agruras duma ditadura que impera nesta América do Sul. Uma ditadura que hoje, para os mais jovens, soa com algo distante, às vezes impossível de ter existido. O que esse anônimo passou, outros tantos anônimos passaram! Foram apartados de seus familiares, tiveram que viver, para sobreviver em outro países, até mesmo no continente europeu. Mas estava escrito que ele deveria voltar. E veio parar no Brasil algum tempo depois, tentando recuperar sua vida e sua dignidade. A ele nossa homenagem, minha de Marcos Canonici. Como sempre, não chego aos pés de toda a intensidade que Marco consegui passar quando encontrou o modo de dizê-lo, de mostrá-lo a todos nós, o grupo dos 20 que estávamos no curso! Apenas minha humilde e simples leitura! Obrigado a esse anônimo, perdido numa cidade como São Paulo, cheio de tanto anônimos, com tantas histórias para contar!
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https://www.youtube.com/watch?v=HZAsoVzTo9k
Vinte Anos! Vinte Anos! é um conto escrito por Machado de Assis e publicado originalmente em "A Estação", no dia 15 de julho de 1884.
Fala de um dia na vida de Gonçalves, um jovem no esplendor de seus 20 anos, em pleno sec. 19, e suas "enormes" preocupações que atazanam seus dias.
Editado, narrado e interpretado por Carlos Eduardo Valente
Ilustração de Erika Pessanha
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https://www.youtube.com/watch?v=SbTG9mwGZ00
O PACTO - de Erika Figueira
-Quando eu for Erika, eu volto pra te mostrar...
Mãe...filha...que laço é esse? Apesar dela ter partido eu me sinto como se eu tivesse engolido sua alma.
Ela me levou pra ver saias brancas rodando, me afogou em seu universo de crenças e lá, eu conseguia respirar, não temer a vida e girar a saia como baiana debochando e desviando da morte.
Ela rebolava parada, rebolava com um piscar de seus olhos...seus cabelos negros sagrados atraiam mais homens do que cantos de sereias.
Com ela aprendi a respeitar bruxas, magias e temer pessoas vivas ao invés das mortas.
Agora, deito no amor que ela deixou como quem deita em uma cama de faquir, o sangue escorre e eu contente lambo o chão vermelho na tentativa de engolir os dnas que ela me deixou.
Eu poderia estar me sentindo traída em função de sua promessa de depois da morte, puxar meus pés, te ouvir ou assistir cataléptica a tua imagem.
Não é necessário mãe, pra mim a tua imagem se encontra dentro de mim, eu vou te ver em qualquer muro, cidade, casa rica, pessoas, loucos, onde há e não há vida... não é você quem precisa se mostrar pra mim: Eu quem preciso te provar que o que me deixou se reflete à cada passo do meu caminhar.
Apenas descanse em paz, o amor que sinto aliado a crença que me ensinou me dão a certeza de que você está acompanhada e feliz, o que você precisava me provar, tua existência já me provou.
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https://www.youtube.com/watch?v=13HoB-1_OBk
Em Ricardo III, Shakespeare retrata o fim da Guerra das Rosas (conflito entre as Casas de York e Lancaster pelo trono inglês), assim como a ascensão e a queda do último dos reis Plantageneta, criando um vilão sem pudores, sem culpa, mas com um estranho apelo ao público.
Produzido, editado, narrado e interpretado por Carlos Eduardo Valente
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https://www.youtube.com/watch?v=lbwrCylJyog
Deveríamos ser como rio em movimento, mas ninguém nos ensinou...ninguém nos ensinou nada além de seguir regras ou caminhos demarcados, valores estipulados. Somos por isso rios em período de seca, ou com diversos afluentes que murcham a torrente de nossas águas durante nossos caminhos. Acreditando que devemos chegar em algum lugar, enterramos nossas raízes com mais força que as árvores. Paramos de migrar como os animais.
Abram seus olhos!! O mundo de hoje, age como se não fosse possível pra um indivíduo, simplesmente existir, escalamos montanha infinita... seguindo rastro em fila indiana, com tantas terras ainda desbravadas seguimos trilhas. Aprender para nós é apenas repetir, quando deveria ser sinônimo de descobrir.
Arranquemos nossos cabrestos, paremos de brincar de cabra cega: É mentira! O mundo ainda não foi e nunca será desvendando!
Silêncio...olhem pra dentro, eu peço um big crunch humano, pois o céu nunca pediu pra ser explicado: ele é negro por ser espelho refletindo nosso interior ignorado, se apegue as estrelas e às pequenas luzes que ele reflete, jogue-as pra dentro e apenas durma calado que virão os sonhos, é neles que estão os mitos, os Deuses e todas, absolutamente todas as forças que você destruiu, sem compreender por que ou por quem foi manipulado.
Mas isso não importa mais, assim como não existe apenas um salvador, os demônios passaram a existir e circulam por aí, sente as ondas e as correntes que te levam? É o turbilhão de ignorâncias que sufocam o seu rio, e parece não haver força ou argumento pra se fazer um mundo melhor, e essa é uma das mais fortes lendas que te fincam em teu povoado.
Segue o devir, aumenta sua nascente, deixe o seu rio interior fluir, dele vai emergir todos os seus santos, deuses, mitos, demônios, anjos e só eles podem te mostrar que é só tua ignorância que te mantém aprisionado.
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https://www.youtube.com/watch?v=owhpkf3N44g
O Coração Delator é um monólogo dramático sobre o que é real ou imaginário.
Sobre a sanidade e a loucura.
Loucura que parece acionada pela superstição do mau-olhado. A narrativa vai pontuando a trama até o despertar da maldade no personagem.
O título da história faz referência ao tique-taque do relógio, segundo a segundo e das batidas do coração.
Adaptação e narração de Carlos Eduardo Valente
Arte da capa de Erika Pessanha
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