Published By
Created On
4 Jun 2021 20:38:28 UTC
Transaction ID
Cost
Safe for Work
Free
Yes
More from the publisher
resumo-do-canto-viii-do-poema-épico-i
Pessoal, estou finalizando os estudos sobre o poema épico "I-Juca-Pirama".
Neste vídeo vou falar sobre a estrutura e a interpretação do "Canto VIII" do poema de Gonçalves Dias.
Para ajudar nos estudos eu vou deixar o poema abaixo para vocês :) .
Peço que ajudem o canal a crescer sem gastar nada: clicando no anúncio que aparece durante a exibição do vídeo, faça isso e em seguida feche o anúncio e continue assistindo :)
E se possível curtam o nosso facebook: https://www.facebook.com/botecohumanistico/
E não esqueçam: deixem seus comentários, perguntas, elogios e interpretações nos comentários que eu respondo :) .
Bons estudos!
I-Juca-Pirama
Canto VIII
“Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de vis Aimorés.
“Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!
“Não encontres doçura no dia,
Nem as cores da aurora te ameiguem,
E entre as larvas da noite sombria
Nunca possas descanso gozar:
Não encontres um tronco, uma pedra,
Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
Padecendo os maiores tormentos,
Onde possas a fronte pousar.
“Que a teus passos a relva se torre;
Murchem prados, a flor desfaleça,
E o regato que límpido corre,
Mais te acenda o vesano furor;
Suas águas depressa se tornem,
Ao contacto dos lábios sedentos,
Lago impuro de vermes nojentos,
Donde fujas como asco e terror!
“Sempre o céu, como um teto incendido,
Creste e punja teus membros malditos
E o oceano de pó denegrido
Seja a terra ao ignavo tupi!
Miserável, faminto, sedento,
Manitôs lhe não falem nos sonhos,
E do horror os espectros medonhos
Traga sempre o cobarde após si.
“Um amigo não tenhas piedoso
Que o teu corpo na terra embalsame,
Pondo em vaso d’argila cuidoso
Arco e frecha e tacape a teus pés!
Sê maldito, e sozinho na terra;
Pois que a tanta vileza chegaste,
Que em presença da morte choraste,
Tu, cobarde, meu filho não és".
Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000007.pdf
...
https://www.youtube.com/watch?v=sRlQhmIe7c0
Transaction
Created
1 year ago
Content Type
Language
video/mp4
pt