O-Homem-da-Máscara-de-Ferro
Título original: The Man in the Iron Mask
Direção: Randall Wallace
Gênero: Ação, Aventura, Drama, História
Lançamento: 1998
Duração: 132 min.
Prêmios: 3 vitórias e 4 indicações.
Produção: United Artists, Metro-Goldwyn-Mayer
Sinopse: Em 1662, a França vive sob o reinado do perverso Luís XIV, que mantém um prisioneiro misterioso encarcerado com uma máscara de ferro. Para salvar a nação, os quatro mosqueteiros voltam a se unir e sua primeira missão é libertar este prisioneiro.
Enredo: Paris está morrendo de fome, mas o rei da França está mais interessado em dinheiro e roupas de cama para mulheres. Quando um jovem soldado morre por causa de uma trepada, Aramis, Athos e Porthos se unem com um plano para substituir o rei. Desconhecido para muitos, há um segundo rei, um gêmeo, escondido ao nascer, depois preso por 6 anos atrás de uma máscara de ferro. Tudo o que resta agora é D’Artagnan, ele vai ficar contra seus amigos de longa data, ou fazer o que é melhor para o seu país?
**História, romance, drama e ação numa boa combinação.**
Neste filme, os três mais leais mosqueteiros do rei, liderados por D’Artagnan, tentam substituir o tirânico rei Luís XIV por um irmão gémeo, nascido minutos depois, e que o cruel monarca mandou prender, com uma máscara de ferro, para que ninguém soubesse da sua existência. Dirigido e escrito por Randall Wallace, o filme conta com a participação de Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gerard Depardieu e Gabriel Byrne.
O roteiro é bom. Baseado no romance “O Visconde de Bragelonne”, de Alexandre Dumas, aborda um dos mistérios mais titilantes da história francesa, pois sabe-se que existiu, verdadeiramente, um prisioneiro misterioso que usava máscara, embora esta fosse de veludo e não ferro. Mas para nós estes “factos reais” que inspiraram Dumas não importam, na medida em que estamos diante de uma obra inspirada no livro, não nos ditos factos. Mesmo assim, há alguns erros de precisão histórica aqui, muito menos do que eu esperava inicialmente, apesar de não impedirem uma boa recriação dos ambientes da corte, ao nível dos figurinos e cenários. De facto, o filme preenche as expectativas do público e mostra um pouco do esplendor da corte do Rei-Sol. As cenas de acção são boas, mas pontuais, e as lutas de esgrima, ao melhor estilo “swashbuckler”, merecem nota positiva. A banda sonora acompanha o filme com fidelidade e cumpre o seu papel com estilo.
Em relação ao elenco, merece nota positiva. DiCaprio esteve ao mais alto nível e mostrou talento, tendo que fazer dois personagens profundamente antagónicos. Depardieu não esteve mal mas não me surpreendeu, excepto pelo humor, com algumas piadas boas. A sua personagem é a mais engraçada e o actor foi perfeitamente capaz de brincar com ela e torná-la mais divertida. Malkovich, Byrne e Irons encarnaram papéis mais dramáticos, profundos e exigentes, tendo feito trabalhos inspirados e mostrado grande habilidade quando contracenaram entre si. Afinal, todos eles são veteranos não precisam provar nada a ninguém.
Inicialmente, eu tinha poucas expectativas sobre o filme devido à presença de Randall Wallace, que antes esteve envolvido num desastre chamado “Braveheart”. Mas talvez Wallace tenha tirado lições positivas de “Braveheart”, afinal de contas. Não sendo nem de longe um dos melhores filmes que vi sobre este período histórico, o filme não frustra as expectativas do público e dá-lhe o que ele quer: espadas, cavaleiros antiquados, danças, o luxo de “Ancient Regime” e uma história que combina, na medida certa, história, romance, drama e ação.
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