Canto Do Vacacaí - 10 Anos - 1989
Letra / Música: Gujo Teixeira / Érlon Péricles
*Ritmo: Milonga
Também interpretada na Califórnia Da Canção Nativa - 29ª Edição - 1999 e no CD Campo Largo - 2013.
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É coração quando os sonhos batem asas
a saudade vem pras casas pra provocar as palavras
é coração tudo isso que se sente
machuca o peito da gente corta feito fio de faca
Eu coração, vou tocando sem sorrisos.
As milongas que preciso pra disfarçar minha dor
cá no meu rio, que por vez inunda o rosto.
Sobra na boca este gosto de tristeza e emoção.
Eu coração sou um pássaro perdido
vagando sem ter sentido, milongueando a solidão.
Eu coração, busco meu ninho seguro.
Procuro a luz nesse escuro, ao som do meu violão.
Marca o compasso na milonga que ponteio
num tum-tum-tum que vem chegando de mansinho
tu coração também tem asas sai do ninho
vai mundo a fora feito outro passarinho.
Voando ao vento vai pousar entre os acordes
nesta milonga onde a saudade faz morada
e encontra abrigo nestas cordas que dedilho
nas melodias que invadem minha casa.
...
https://www.youtube.com/watch?v=m8QSKbEpqT8
Califórnia da Canção Nativa - 30ª Edição - 2001
"Quando um dia Rosaflor chegou no rancho Pequeno mundo num fundão de corredor"
Letra / Música: Gujo Teixeira / Jairo Lambari Teixeira
Ritmo: Milonga
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Quando um dia Rosaflor chegou no rancho
Pequeno mundo num fundão de corredor
Enxergou um pingo baio encilhado
E um gaúcho com um gateado no fiador
Mariano Luna domador seguia os ventos
Trazendo mansos pra cambiar pelas estradas
E Rosaflor filha mais moça do seu Nico
Lavava roupa junto às pedras da aguada
Rosaflor num riso manso e buenas noite
Entrou no rancho com seus olhos de querer
Mariano Luna e suas pilchas já puídas
Disse a moça um outro buenas sem dizer, sem dizer
Mariano Luna que tinha lua nos olhos
Entregou esse clarão aos olhos dela
E apagou a luz extrema que continha
Da outra lua que apontava na janela
A lavadeira pouco sabia das luas
E ainda menos dos olhares que elas têm
E descobriu então nos olhos do andante
Que de amores nem as flores sabem bem
Que de amores nem as flores sabem bem
O domador que só sabia desses campos
Sabia pouco do azul que vem das flores
Mas descobriu depois de léguas de estradas
Que há muito tempo não cuidava seus amores
De flor e luna se enfeitou o rancho tosco
Pequeno mundo num fundão de corredor
Que sem saber ficou mais claro e mais silente
Depois que lua debruçou-se sobre a flor
Ficou a estrada sem ninguém pra ir embora
E risos largos diferentes do normal
Um baio manso pastando pelo potreiro
E bombachas limpas pendurada no varal, no varal
...
https://www.youtube.com/watch?v=E-ycLVYrC9A
Vigilia Do Canto Gaúcho - 17ª Edição - 2006
"Nesta pampa de meu deus Ando eu, e meus cavalos"
Letra / Música:
*Ritmo: Chamarra
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Nesta pampa de meu deus
Ando eu, e meus cavalos
Por aí...empurrando tropas
Pechando boi nos rodeios
"bolcando maulas num pealo...!
...também anda um ovelheiro,
Talvez por ser meu amigo...
Ou por gostar dos perigos
Que me tocam de "regalo
Anda um par de nazarenas
Cantadeiras e "andejantes"
Que ao contraforte da bota
Se abraçam sem cerimônia
E às vezes cortam bastante...!
...também anda uma lembrança
Saudades... daquela linda
E uma mirada bem-vinda
Num "pouso", más adelante".
Uma milonga "paysana",
Em cada vento assoviado
Nas noites órfãs de lua,
Que "ressabeia" meus medos
Curtidos nos descampados...!
...andam sonhos caborteiros
Mais sestrosos que a potrada
Que trago de boca atada
Pra os compromissos selados.
Anda um verso e o palheiro
Parceiros da inquietudes,
Um sombreiro de aba larga
E um poncho pra o tempo brabo
Nas volteadas de índio rude...!
...anda um sentimento antigo
De pátria, amor e respeito,
Nas emoções e conceitos
Que forjam atitudes.
...
https://www.youtube.com/watch?v=Iu38Fc6GOWg
Chão Colorado - 1979
"Me batizaram milonga, pampeana por sobrenome Que céu a dentro se some e campo a fora se alonga"
Letra / Música: Jaime Caetano Braun / Pedro Ortaça e Talo Pereira
Ritmo: Milonga Pampeana
Aprenda a tocar esta música no violão com o Marcello Caminha: https://youtu.be/0W_K3--_SGc
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Me batizaram milonga, pampeana por sobrenome
Que céu a dentro se some e campo a fora se alonga.
Cadência que se prolonga sem data de nascimento
Das catedrais do relento, pajé feiticeiro monge
Meu som foi parido longe, nos alambrados do vento.
Me escutaram San Martín, Osório, Bento, Rivera
Mas é a pampeana bandeira que hasteio dentro de mim.
Ânsia ameríndia, clarim de um hemisfério que berra,
Ao som da enúbia, de guerra, cordiona e bumbo legüero
Nasci minuano e pampeiro num bordoneio de terra.
De tanto andar em patriadas, nas três yestas campesinas
Trago manojos de crinas, de entreveros e potreadas
E nas cordas afinadas da guitarra chimarrona
Enredei muita sinhá-dona com promessas de namoro,
Transando catres de couro com prima, quarta e bordona.
De cada estrela que apago, guardo o último lampejo
Nesse gauderiar andejo de cruzar de pago em pago.
E assim nesse trago-a-trago de payadas e repontes
Eu sempre retorno às fontes e a noite sempre me agarra
Bordoneando uma guitarra, presente dos horizontes.
...
https://www.youtube.com/watch?v=OZrdyUGTzAs
Coxilha Nativista - 12ª Edição - 1992
"Lado a lado estrada fora Mora a vida e mora a morte Vive a florar o agoflorar"
Letra / Música: Talo Pereyra / Vinícius Brum
Conquistou o prêmio de 3º Lugar
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Lado a lado estrada fora
Mora a vida e mora a morte
Vive a florar o agoflorar
Entre as cadeiras da sorte
Mora o homem no banhado
Resta o sonho no retrato
Hoje tem uma estaca
Na contramão pelo asfalto
Quem passa presente o laço
Do passo largo do tempo
E vê que a vida se embreta
No estreito do acostamento
Quem dá mais, quem dá mais
Pela terra que sobrou com vida
Quem dá mais, quem dá mais
Desafio em terras divididas
Lado a lado estrada fora
A vida se faz amarga
E a morte ronda matreira
No escuro das noites largas
O tempo passa ligeiro
Tropeando rumos escassos
Deixando pra cruz de medo
Na herança que bate casco
Um guri de calça curta
Procura prestar o tempo
Na espera de algum legado
Que se amarra nos tentos
...
https://www.youtube.com/watch?v=WDVcD2QLrQk
Itinerário de Rosa - 2008
"A Rosa que foi de muitos Agora é Rosa de um só"
Letra / Música: Aparício Silva Rillo / Luiz Carlos Borges
*Ritmo:
Violões base: Leandro Rodrigues
Piano: Leandro Rodrigues
Vocal e recitado: Luiz Carlos Borges
Baixo acústico: Guto Wirtti
Bateria: Ricardo Arenhalt
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A Rosa que foi de muitos
Agora é Rosa de um só
China de casa montada
Na ruazinha arredada
Onde macegas e ventos
Bailam vestidos de pó
Vozes lhe batem à porta
E a chamam de rapariga
Rosa disfarça, não liga
Cerra as cortinas e os olhos
Se adentra dentro de si
Custou-lhe chegar ali
Na sala quatro por quatro
No quarto quatro por três
No dar-se sem entregar-se
No quarto quatro por três
A quem a toma e em troca
Lhe paga as contas do mês
Não mais a gueixa sem marca
Sempre pronta pra mais um
Não mais mansa de arreio
Mordendo o ferro do freio
Sem refugar a nenhum
Não mais a noite indormida
Vendendo carne e mentira
Por notas de cem mil réis
Não mais o batom cereja
Rindo na boca cansada
Mordida a cuspe e cerveja
No roxo dos cabarés
Disso ficou-lhe a lembrança
A cicatriz, a memória
Os episódios da história
Escrita a tinta de vinhos
Na carne das meretrizes
Nunca esquece de onde veio
Quem chega e planta raízes
Semente ao vento plantou-se
Quem fora terra de planta
Para a semente dos machos
Agora só um a tem
Quando vem a quando a quer
Só um se aninha em seus peitos
Para exercer o direito
De dono de uma mulher
Mas a noite é de recuerdos
É de silêncios que gritam
De arremessos e uivos
De cães danados no seio
E ele, seu dono, não veio
Não veio para tomá-la
Ferí-la de pluma e garras
Rasgar-lhe o ventre onde canta
Todo um verão de cigarras
E Rosa, transfigurada
Por ventos de danação.
Volta a ser quem Rosa era
Desnudo o corpo vestido
Por lençóis de solidão
Mãos de fogo nos lunares
Dos seios de clara carne
Sob os macios do lençol
Rosa, a de ontem, se assoma
Nas chamas vivas que a tomam
Toda de sal e de sol
Entre cambraias de gelo
Rosa em brasa se levanta
Na cama que a emoldura
Como num quadro de santa
Arde-lhe a carne madura
Na noite propiciatória
E Rosa goza-se impura
Tomada pela memória
Rosa de pétalas rubras
Rosa plena, dela só.
*Sem certeza quanto a informação
►Fonte informação: https://www.aalmaatadanagaita.com.br/discografia/2008-luiz-carlos-borges-cd-itinerario-de-rosa/
...
https://www.youtube.com/watch?v=izCkAHkxRpg
Cante Uma Canção em Vacaria - 10ª Edição - 2016
"Não venho de muito perto E pra bem longe é que vou Eu chego quando anoitece"
Letra / Música: Rogerio Villagran / Kiko Goulart
*Ritmo: Chacarera
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Não venho de muito perto
E pra bem longe é que vou
Eu chego quando anoitece
Quando amanhece não estou
Quem tem lado é boi de canga
E alpargata é quem não tem
Às vez eu tenho de sobra
E volta e meia eu ando sem
Pras manhãs de lida e Sol
Rodeio parado a grito
E pras tardes de garoa
Café preto e bolo frito
Folcoreando, folcloreando
Chacarereando pras moça
E tirando cósca de potro
Errei um pealo certeiro
Botei a culpa no laço
Depois d'uma noite bailando
Fazendo força no braço
Eu tenho um poncho de napa
E um par de bota de goma
Pra "domá" em dia de chuva
Porque potreiro não doma
Te trago minha saudade
Meu zóinho de coruja
E uma mala de garupa
Pesada de roupa suja
Quando eu morrer, façam farra
Não quero ninguém chorando
Pra que eu siga, tempo adentro
Folcloreando, flocloreando
...
https://www.youtube.com/watch?v=sI_-Lt7NQ6w
Atahualpa Yupanqui en Radio Splendid - 1957
Letra / Música: Romildo Risso / Atahualpa Yupanqui
*Ritmo:
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Ave que pasas cantando a mí no me das ejemplo
Ave que pasas cantando a mí no me das ejemplo
Yo también tengo dos alas y voy cantando lo mesmo
Yo también tengo dos alas y voy cantando lo mesmo.
Las tuyas serán vistosas, las mías como de cuervo
Las tuyas serán vistosas, las mías como de cuervo
No son las plumas que sirven pa'dir alto y pa'dir lejos
No son las plumas que sirven pa'dir alto y pa'dir lejos.
Como tus plumas tu canto
El mío como pa' dentro
Como tus plumas tu canto
Y el mío como pa' dentro.
Tal vez cantes pa' lucirte
Yo, pa' escucharme yo mesmo
Tal vez cantes pa' lucirte
Yo, pa' escucharme yo mesmo.
La voz no la necesito
Sé cantar hasta en silencio
La voz no la necesito
Sé cantar hasta en silencio.
No preciso ni el espacio pa'dir alto y pa'dir lejos
No preciso ni el espacio pa'dir alto y pa'dir lejos
Mi alma no va en el camino
Por dentro no soy carrero.
...
https://www.youtube.com/watch?v=3xyJppGfnPg
Califórnia da Canção Nativa - 15ª Edição - 1985
"E o velho doido varrido Pode descer da coxilha Brandindo relho comprido Montado em égua"
*Ritmo: Milongão
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[Intro] Em B7 Em D G B7 Em B7 Em D G B7 Em B7 Em
Um velho doido varrido
D G
Monta de égua tordilha
B7 Em
Junto com o inverno aparece
B7 Em
Nas planuras e coxilhas
E quem ouviu não se esquece
D G
Bate com relho comprido
B7 Em
De ninguém se compadece
B7 Em
Se diverte com os gemidos
D
As vezes no lusco-fusco
G
Das madrugadas campeiras
B7
Dizem que rengueia cusco
Em
Com a ponta da açoiteira
D
Surge no meio do ano
G
Aquele que de debochado
B7
Chamam de louco minuano
Em
Por isso tenham cuidado
Em D G D G B7 Em B7 Em D G D G D G B7 Em
Agasalhem bem as velhas
D G
Que zelam meninas belas
B B
Vedem fendas e frestas
Em
Usem saias de flanela
D
Se o loco sair da toca
G
Tranquem portas e janelas
B7
Rodem as rodas das rocas
Em
Que fiem lãs as donzelas
D
Avivem bem o braseiro
G
Juntem galhos do chão
B7
Animem-se atrás do fogueiro
Em
Nas manhãs de chimarrão
D
E o velho doido varrido
G
Pode descer da coxilha
B7
Brandindo relho comprido
Em B7 Em
Montado em égua tordilha
*Áudio retirado do Canal Sonidos del Sur
...
https://www.youtube.com/watch?v=mxLYZdcNUCE