Canto Alegretense da Canção Gaúcha - 3ª Edição - 1992
"Na cidade ninguém cuida dos guaxos Órfãos nas ruas, lutando pelo pão"
Letra / Música: Alcy Cheuiche / Júlio Machado Silva Filho
*Ritmo: Milonga
os prêmios de 1º Lugar, Melhor Poesia, Melhor Intérprete (César Passarinho) e Melhor Indumentária (Os Posteiros)
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Um ponto branco perdido pelo campo
Puxa a pandorga negra lá do azul
O corvo desce em busca de um cordeiro
Mas bate as asas ao ver o cavaleiro
Que surge a galope, lá do sul
A mão calosa recolhe o cordeiro
E o aconchega na frente do rio
Lá no seu rancho falta tudo, menos filhos
Para mamar no peito e mamadeira
Mas graças a Deus e à vaca mocha
Tá sobrando leite na mangueira
E o gaúcho sorri e segue ao trote
Pelo ponche verde das coxilhas
Sorri porque tem rancho e tem família
Bem junto a terra, que é mãe de todos nós
Na cidade ninguém cuida dos guaxos
Órfãos nas ruas, lutando pelo pão
Morre a semente da vida nas calçadas
Morre a esperança pisada neste chão.
►Áudio retirado do extinto canal Festivais Nativistas
►Fonte letra e informações: Face do Festivais Nativistas (https://www.facebook.com/993418980771733/posts/2821959197917693/)
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https://www.youtube.com/watch?v=SO3llzEZ3LM
Aparte da Canção Nativa - 2ª Edição - 1990
Letra / Música: Armando Vasques / Adão Quintana Vieira
*Ritmo:
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https://www.youtube.com/watch?v=hH7-3QMXnOI
Califórnia da Canção Nativa - 32ª Edição CD 1 - 2003
"Milonga se canta com garra E ânsia de pátria no peito Juntando verso e guitarra"
Compositor: Carlos Souza, Érlon Péricles
Ritmo: Milonga
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Milonga se canta com garra
E ânsia de pátria no peito
Juntando verso e guitarra
Entrelaçados com tentos
É o canto de liberdade
No vôo de um passarinho
E o berro do touro no pasto
É o rastro do meu caminho
Se ponteada ou mais largada
Rio-grandense ou castelhana
Na pampa rompe fronteiras
É o cantar que nos hermana
A milonga invida a mágoa
Do santo e do pecador
Até o mais louco se acalma
Pra escutar um payador
Feito o vento no alambrado
Seu assovio se prolonga
Quem tem a alma campeira
Guarda nela uma milonga
Se ponteada...
Desta vertente divina
Brota uma voz que ressonga
O chão sul-americano
É um manancial de milongas
São três raças hermanadas
Comungando um só destino
A pampa é nossa bandeira
E a milonga o nosso hino
A pampa é nossa bandeira
E a milonga o nosso hino.
*Sem certeza quanto a informação
►Áudio retirado do canal Sonidos del Sur
►Fonte letra e informação compositor: Site Vagalume
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https://www.youtube.com/watch?v=8CQapI2LxKg
Vigília do Canto Gaúcho - 11ª Edição - 2000
"O rumo que dei aos olhos se ergueu no lombo do cerro E a moldura do meu pago"
Letra / Música: Osmar Proença / Luciano Rodrigues
*Ritmo: Milonga
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O rumo que dei aos olhos se ergueu no lombo do cerro
E a moldura do meu pago se ajeitou no horizonte
Com paixões de tres ontonte voltei beber na querência.
Porque a sede das ausências não se mata em outras fontes
O canto da siriema contraponteava o silêncio,
E as patas do meu confiança pisavam plumas no chão
Do freio a velha canção duetava com as esporas,
Estrelas frias de auroras que o céu montou num clarão
Ao sul as garças voltavam pra querencia do açude,
De sobrelombo nas nuvens que pastavam na campina,
Qual uma tropa teatina que se soltou do infinito
E esse rodeio bonito povou de alma e retina
Uma casinha modesta me cuidava lá de baixo,
Esperançando um aceno pra silhueta na janela
Talvez alguma donzela com paixões a florescer
Buscando ao entardecer um sonho além da cancela
O sol que aquece os andantes gastava as ultimas brasas,
Mesclando sombra e clarão nas dobras das invernadas,
Nesta hora abençoada que traz grilos pras taperas
E a lua china gaudéria pra cirandar nas aguadas
Quanta coisa nos revela uma paisagem de estrada
Se o coração sabe ver e a alma sabe escutar,
Qualquer lugar é lugar para as mãos da natureza
Derramarem sua beleza e nos prender pelo olhar
►Contribuição: Guga C.
►Animação inicial feita em Manim (Python)
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https://www.youtube.com/watch?v=zPr9agrQfBk
Cante Uma Canção em Vacaria - 9ª Edição - 2014
"É a lenda da cigana, contada em Vacaria Sempre que tem rodeio, a chuva cai em quantia"
Letra / Música: Diego Müller e João Sampaio / Érlon Péricles
*Ritmo: Milongão
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Foi num dia muito quente, de muito sol e mormaço,
Se firmava o fevereiro, pedindo cancha e espaço…
Mais um ano de Rodeio… De grandeza e de fartura…
O último que não choveu: nesta lenda que perdura!
Vinha ao tranquito, cruzando, uma cigana solita…
Com a roupa cheia de poeira, vinha com sede e aflita…
Avistou um monte de gente, dê-lhe festa e gineteada,
E parou bem na porteira, ante a tarde ensolarada!
Não trazia previsões… e nenhuma mão quis ler…
Somente um copo de água ela pediu pra beber!…
Surgiu um homem gaúcho, tapeando um marca Maidana,
E se negou a matar a sede, da coitada da cigana!
É a lenda da cigana, contada em Vacaria,
Sempre que tem rodeio, a chuva cai em quantia!
Sonho encantado, mitologia…
Se tem rodeio, tem chuva na Vacaria!
– É no meio da fortuna e de tanta fartura exposta
Que a ganância desumana põe a sua cara amostra…
Sem porquês… Sem fundamento… ali naquele mormaço,
Ficou claro que a maldade não tem limites no espaço!
A cigana entristecida deu vazão à sua mágoa
Frente a frente com este taura que negou-lhe um copo d’água…
Rogando clamor aos céus, cada um pôde escutar:
Se é por falta de água… nunca mais há de faltar!
Não parou mais de chover todo o resto de Rodeio…
Para alguns uma tragédia, pra outros um fato alheio!…
– A cigana se foi pra sempre… e o seu gesto ainda comove:
Todos os anos no Rodeio… Nunca falha: SEMPRE CHOVE…!!!
Áudio, informação e letra: https://festivaisnativistas.com/2020/04/26/a-lenda-da-cigana-cristiano-quevedo/
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https://www.youtube.com/watch?v=kAFURzkfvrE
Não Podemo se Entregá Pros Home - 1986
"Sabe, moço Que no meio do alvoroço Tive um lenço no pescoço Que foi bandeira pra mim"
Letra e Música: Francisco Alves
Ritmo: Milonga
Também interpretada por Leopoldo Rassier na Califórnia da Canção Nativa - 11ª Edição - 1981 e no LP Leopoldo Rassier - Coletânea - 2003
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Sabe, moço
Que no meio do alvoroço
Tive um lenço no pescoço
Que foi bandeira pra mim
Que andei em mil peléias
Em lutas brutas e feias
Desde o começo até o fim
Sabe, moço
Depois das revoluções
Vi esbanjarem brasões
Pra caudilhos coronéis
Vi cintilarem anéis
Assinatura em papéis
Honrarias para heróis
É duro, moço
Olhar agora pra história
E ver páginas de glórias
E retratos de imortais
Sabe, moço
Fui guerreiro como tantos
Que andaram nos quatro cantos
Sempre seguindo um clarim
E o que restou?
Ah, sim!
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
Ah, sim!
No peito em vez de medalhas
Cicatrizes de batalhas
Foi o que sobrou pra mim
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https://www.youtube.com/watch?v=18fUVizYQFM
Califórnia Da Canção Nativa - 34ª Edição CD 2 - 2005
Letra / Música:
*Ritmo: Milonga
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https://www.youtube.com/watch?v=ajwwVyKAE4M
Califórnia da Canção Nativa - 13ª Edição - 1983
"Não me facina o luzeiro Que eu possa achar na cidade Eu busco um prato de vida"
Letra / Música: Sergio Napp / Mário Barbará Dornelles
Ritmo: Milonga
Músicos: Violão e vocal (Mário Barbará, Sérgio Souza, João Carlos Lopes), Percussão (Pedro Gerhardt), Acordeon (Francisco Scherer) e Contrabaixo e vocal (Odemar Gerhardt).
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Eu tenho as mãos calejadas
Algumas rugas no rosto
Aqui sou burro de carga
E nem sou dono de mim
Eu tenho todo o espaço
Que os olhos podem tomar
Mas não consigo um pedaço
Que seja meu pra plantar
Não me facina o luzeiro
Que eu possa achar na cidade
Eu busco um prato de vida
E um gosto de liberdade
O que me leva é o desejo
De me enxergar como igual
Aqui sou mero instrumento
Usado por serventia
Nas safras eu me alimento
Do gado sou dependente
Lá fora, por meu trabalho
Talvez eu venha a ser gente
Não levo sonhos na mala
Nem vícios de valentia
Eu sei, me espera uma adaga
Que pode matar-me um dia
Me jogo inteiro assim mesmo
De corpo e de coração
No espelho das avenidas
Operario, e não peão
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https://www.youtube.com/watch?v=oghW5rB1hMU
Payada do Jayme Caetano Braun, executado no melhor programa que tinha de música gaúcho, o Galpão Nativo, transmitido na TVE, resgato pelo extinto canal "Produto Cultural Gaúcho". Eu retire da página do Face "Turismo São Luiz Gonzaga". Me enviada pelo amigo, Bruno Treichel.
Neste programa Jayme está acompanhado com o Luiz Marenco, ele anuncia na payada que acabou de fazer um novo disco, qual será?
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Irmandade fogoneira
Da tradição de topete
No fogão do canal sete
Nossa catedral campeira
Cantando à minha maneira
Faço a minha saudação
Com a cuia de chimarrão
Que o Glênio me ofereceu
Porque o Rio Grande nasceu
Junto de um fogo de chão
Quando a gente está distante
Assim, como estamos nós
Nós nos sentimos a sós
Como algo muito importante
Nos acossa, num instante
Uma depressão, que bate
Depois vem no arremate
O coração vem à tona
Num ponteio de bordona
Numa cordeona que bate
E a guitarra é muito mais
Do que um simples instrumento
Ela é um pedaço de vento
Na copa dos taquarais
São tonadas ancestrais
Dos tinidos das chilenas
São risadas de morenas
Nas carpas da Andaluzia
Quando a Ibéria antenascia
Com as falanges sarracenas
E os dedos do guitarreiro
Vão passeando nos fios
Lembrando os índios bravios
Do velho pago campeiro
Do índio guasca primeiro
Criado sem protocolo
Piá criado sem colo
Foi assim desde o início
Cantando meio por vício
As coisas que vêm do solo
A inclinação é tamanha
No nosso ser primitivo
Que o sacerdote nativo
Das catedrais da campanha
Tem uma magia estranha
Quando floreia a garganta
E a cada verso que canta
Com bárbara inspiração
Sempre que bate no chão
Se transforma numa planta
E ela abriga os caminhantes
De todas as longitudes
De todas as latitudes
E de todos os quadrantes
Ela dá abrigo aos andantes
Ela abriga aos passarinhos
Extraviados dos caminhos
Na busca de outros atalhos
Porque sabem que em seus galhos
Sempre há lugar pra outros ninhos
Parte 2
Aproveitando a visita
Eu trago meu abraço
A este fogao gauchaço
Onde a leyenda palpita
No meu estilo jesuita
De payador da coxilha
Dizendo à minha familia
Para o rio grande e o meu povo
Que lancei um disco novo
Outro da minha tropilha
É o mais novo, é o mais dengoso
Tem as baldas de criança
Mas dentro em pouco se amansa
Vai deixar de ser sestroso
Emparelhei bem o toso
Como fiz com cada filho
Ele vai seguir o trilho
Do payador curandeiro
Que além de ser missioneiro
É como o pai, andarilho
Doce de rédea, e de canto
Há de andar tenho certeza
Sempre de pupila acesa
Num trabalho, num arranque
E honrar meu cabelo branco
Que nao rejeita um convite
Vai dar bom, te
...
https://www.youtube.com/watch?v=mtRDbReX1xU